Deputado que disse ter financiado golpistas ameaçou atirar em vereadora

Em 2021, o deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil-GO) esteve envolvido em uma controvérsia quando proferiu comentários ameaçadores.

Deputado que disse ter financiado golpistas ameaçou atirar em vereadora | reprodução
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O deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil-GO) tem se destacado nacionalmente devido a um discurso proferido na tribuna da Assembleia Legislativa em que admitiu ter financiado manifestantes golpistas que ocuparam os quartéis-generais do Exército após as eleições. No entanto, essa não é a única controvérsia envolvendo o deputado, que já colecionava polêmicas antes desse episódio.

Em 2021, o deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil-GO) esteve envolvido em uma controvérsia quando proferiu comentários ameaçadores em relação à vereadora de Goiânia Luciula do Recanto (PSD). Ele afirmou que ela merecia "um tiro na cara" durante um episódio em que a vereadora, ativista da causa animal, teria supostamente invadido uma residência para resgatar um cachorro vítima de maus-tratos. Essas declarações resultaram em uma investigação conduzida pela Polícia Civil.

— Eu fico ‘puto’ quando vejo uma vereadora invadindo a casa de um cidadão, igual essa vereadora de Goiânia aí, que se diz protetora de animais. Arrebenta um portão da casa de cidadão sem mandado, sem ordem judicial, porque ela não é polícia, nem com ordem ela podia, e invade uma casa. Pra mim, merecia um tiro na cara — disse o deputado.

Neste ano, ele enfrentou acusações de racismo e se tornou réu após compartilhar uma foto em seu perfil do Instagram. Na imagem, uma mão branca apertava um punho negro, acompanhada da frase: "Na minha família não". A publicação gerou uma investigação conduzida pelo Ministério Público e acatada pela Justiça.

De acordo com o Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), o objetivo do deputado ao compartilhar essa imagem foi "demonizar" pessoas gays, retratando-as como uma suposta ameaça ao modelo heterossexual. Essa conduta, segundo a polícia, vai além da liberdade de expressão e configura um crime de natureza racista.

Além das polêmicas ocorridas durante seu mandato como deputado estadual, Amauri Ribeiro já acumulava controvérsias antes mesmo de assumir o cargo. Antes mesmo de tomar posse em 2019, ele ganhou destaque nas redes sociais ao ser fotografado com sua esposa sentada em seu colo durante a cerimônia de posse.

Enquanto ainda era vereador, Amauri se envolveu em um incidente em que confrontou um colega da oposição que possuía deficiência física. Essa ação ocorreu após o vereador em questão denunciar supostos funcionários fantasmas na prefeitura. Em outra ocasião, Amauri agrediu um homem em uma obra ao descobrir que os trabalhadores não estavam recebendo corretamente.

“Eu danei com ele, que era uma bichona doida. O rapaz veio para meu rumo, eu tomei a enxada e contive ele”, disse, antes de pontuar que sabe técnicas de artes marciais. “Coloquei ele no chão, não dei um tapa. Levaram o cara no corpo de delito e até hoje não sei como que ele está vivo, de tantos machucados que apareceram”, ironizou.

Além das polêmicas anteriores, Amauri Ribeiro também se envolveu em incidentes de confronto e violência em sua atuação na Câmara Municipal. Ele frequentemente buscava resolver conflitos pessoalmente, resultando em troca de xingamentos e gestos de confronto.

Durante seu mandato como prefeito, ocorreu um incidente grave em que ele agrediu sua própria filha, de apenas 16 anos, após descobrir fotos íntimas dela em seu celular junto com um namorado. A violência foi justificada por ele como uma tentativa de "garantir os bons costumes". Esse caso ganhou ampla repercussão nos jornais da região.

Durante um discurso na terça-feira na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Amauri Ribeiro fez uma declaração surpreendente ao afirmar que ele próprio "também deveria estar preso" por ter auxiliado o acampamento. A declaração pode ser interpretada como uma admissão de participação em atividades ilegais ou controversas relacionadas ao acampamento mencionado, embora o contexto exato e os detalhes específicos não tenham sido fornecidos. A declaração levantou questionamentos e gerou interesse na mídia e entre o público em geral.

— A prisão do coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem neste estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Mande me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês. Eu ajudei. Eu levei comida, eu levei água, eu dei dinheiro. Eu acampei lá e também fiquei na porta. Porque sou patriota.


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