Deputado Fabio Faria devolve R$ 21 mil à Câmara por passagens aéreas de atores

Entre os atores beneficiados estariam Kayky Brito, Sthefany Brito e Samara Felippo

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O deputado federal Fabio Faria (PMN-RN) devolveu nesta terça-feira R$ 21,3 mil à Câmara dos Deputados como ressarcimento pelo uso de sua cota de passagens aéreas para pagar viagens de atores e de amigos. Faria é ex-namorado da apresentadora Adriane Galisteu, cuja mãe, Ema Galisteu, também teria recebido passagens.

Em ofício encaminhado à Mesa Diretora da Câmara, o deputado anexou recibos do depósito, feito às 15h09.

Em nota, o deputado disse que "as falhas pontuais já constatadas foram devida e prontamente corrigidas, com o consequente reembolso à Câmara".

Ele afirmou ainda que tomou "a iniciativa de determinar um reexame de todos os itens de despesa" de seu gabinete, "incluindo a questão da emissão de passagens aéreas".

A informação sobre o uso das passagens pelo deputado foi divulgada nesta terça-feira (14) pelo portal Congresso em Foco.

Entre os atores beneficiados estariam Kayky Brito, Sthefany Brito e Samara Felippo, da TV Globo, que teriam viajado para participar de micareta (carnaval fora de época) em Natal, em 2007.

A assessoria de imprensa de Adriane Galisteu informou que a apresentadora não tinha conhecimento da procedência das passagens.

?Adriane namorou o Fábio por três meses. Quando você ganha um presente do namorado, não pergunta a procedência do dinheiro?, disse o assessor, Nelson Sacho.

A assessoria de Samara Felippo afirmou que a atriz não vai se pronunciar sobre o assunto. A assessoria confirmou ainda que Samara foi à micareta de Natal, convidada pela organização do evento.

A assessoria de Kayky e Stephany Brito informou que uma ex-empresária acertou passagens e hospedagem dos atores para o evento. Sempre que participam de um evento, de acordo com a assessoria, os atores recebem passagem e hospedagem.

Câmara

Mais cedo, depois de Faria admitir em nota ter usado a cota, o terceiro-secretário da Câmara, deputado Odair Cunha (PT-MG), responsável pela distribuição das passagens áreas aos deputados, afirmou que o parlamentar só seria investigado caso alguém fizesse uma denúncia formal à Corregedoria da Câmara.

Segundo Cunha, o caso não deve alterar o atual sistema de distribuição de passagens aos parlamentares.

"Quem tem de dar explicação pelo uso da verba (em caso de denúncia) é o parlamentar. Este é um tema encerrado na Mesa Diretora. O parlamentar

é responsável pelo gasto. Não vamos voltar à Mesa com este assunto", afirmou.

Atualmente, os deputados recebem a verba para pagamento de passagens e não são obrigados a comprovar as viagens nem a revelar os nomes dos passageiros.

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