Deputado é preso por homicídio em Alagoas

Ferro foi preso nesta manhã em sua própria residência por determinação da 17ª Vara Criminal

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O deputado estadual de Alagoas Cícero Ferro (PMN), que está afastado do cargo, voltou a ser preso nesta sexta-feira (20) por suspeita de homicídio - ele havia sido preso no ano passado pelo mesmo motivo.

Ferro foi preso nesta manhã em sua própria residência por determinação da 17ª Vara Criminal de Maceió, e levado ao Instituto Médico Legal para exame de corpo de delito. Ao deixar o IML, ele disse à "Rádio Gazeta AM" que é inocente. "Isso é crime inventado, eu não cometi crime".

O deputado está detido na Polícia Federal de Maceió.

O advogado Welton Roberto, que defende Ferro, disse que vai protocolar uma representação administrativa contra a 17ª Vara Criminal por inconstitucionalidade. ?Trata-se de um flagrante de inconstitucionalidade. Essa prisão fere todos os princípios. Eles não poderiam pedir prisão temporária, nem prisão preventiva?, afirmou.

?Eles [a 17ª Vara] insistem em não cumprir jurisprudências do Supremo, então vamos denunciar isso ao Conselho Nacional de Justiça e à Corregedoria Geral de Justiça. Acredito que ainda nesse final de semana, enviarei uma representação ao ministro Gilmar Mendes [presidente do STF] esclarecendo que a 17ª Vara não está cumprindo com sua decisão de que a justiça comum não tem competência para prender e afastar deputado?, disse.

Entenda o caso

Fernando Aldo foi assassinado com nove tiros em outubro de 2007 após deixar uma festa de carnaval fora de época.

Em janeiro de 2008, Ferro foi denunciado como autor intelectual do crime. Um mês depois, o deputado teve prisão decretada.

Em julho, Ferro e outros dois deputados foram presos pela Polícia Federal por conta de inquéritos da Polícia Civil por suspeita de crimes de pistolagem (morte encomendada).

No fim do ano passado, vários deputados da Assembleia de Alagoas, foram acusados de participar de esquema de fraude na folha de pagamento da Assembleia e de pagarem empréstimos próprios com recursos públicos. Mais de dez pessoas foram afastadas.

As supostas fraudes teriam gerado um rombo de R$ 300 milhões aos cofres públicos e foram investigadas na Operação Taturana, deflagrada em dezembro de 2007.

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