Deputado do PL quer o fim de bancada feminina e a proibição de roupas justas na Alesc

Ana Campagnolo (PL-SC) quer extinguir grupo parlamentar das mulheres na Alesc e proibir roupas “curtas ou transparentes” no plenário

Deputada estadual de Santa Catarina Ana Campagnolo | Foto: PL
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A deputada Ana Campagnolo (PL-SC), conhecida por seu discurso antifeminista, apresentou dois projetos polêmicos na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc): o fim da bancada feminina e novas regras para vestimentas no plenário. A parlamentar alega que o grupo atual, com apenas duas mulheres, não atende ao mínimo legal (1/8 das cadeiras) e seria usado para "protagonismo simbólico".

Além disso, Campagnolo quer proibir explicitamente roupas "curtas, justas, transparentes ou com cortes que exponham partes do corpo" durante as sessões. O atual regimento já exige traje "a passeio completo", mas sem detalhar restrições. A proposta gerou críticas de colegas, que acusam a medida de patrulhar corpos femininos.

Se aprovada, a extinção da bancada eliminaria um espaço formal de articulação para pautas de gênero. Já as novas regras de vestuário – que não mencionam homens – reacendem o debate sobre moralismo na política. A deputada, que usa trajes formais e já declarou que "feminismo é câncer", defende as mudanças como "respeito à instituição".

Os projetos devem ser votados nas próximas semanas, em meio a tensões entre a bancada do PL e partidos progressistas. Enquanto apoiadores veem "combate ao excesso de identitarismo", opositores alertam para retrocessos em direitos das mulheres.

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