O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) pediu desculpas nesta quarta-feira (10), durante sessão no plenário da Câmara, após afirmar no dia anterior que desejava a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A declaração polêmica foi feita durante uma reunião da Comissão de Segurança Pública da Câmara, na qual Gilvan atuava como relator de um projeto que trata do desarmamento da equipe de segurança do presidente. Diante da forte repercussão negativa, o parlamentar solicitou a palavra em plenário para se retratar, reconhecendo que “exagerou” e admitindo publicamente o erro.
“Aprendi com meu pai que um homem deve reconhecer os seus erros. Ontem [terça-feira (8)], na Comissão de Segurança Pública, estávamos debatendo um projeto para desarmar os seguranças do descondenado Lula, e eu disse que, se ele tivesse um infarto ou uma taquicardia e morresse, eu não ia ficar triste”.
“Um cristão não deve desejar a morte de ninguém. Então, eu não desejo a morte de qualquer pessoa. Continuo entendendo que Luiz Inácio Lula da Silva deveria estar preso e pagar por seus crimes e por tudo o que fez de mal ao nosso país. Mas reconheço que exagerei na minha fala”, concluiu Gilvan.
SOBRE O CASO
Na terça (8), durante sessão na Comissão de Segurança da Câmara, o deputado Gilvan da Federal disse desejar a morte de Lula, alegando ser seu “direito”. A fala ocorreu enquanto defendia um projeto, sob sua relatoria, que propõe desarmar a segurança presidencial. A proposta foi aprovada na comissão, mas ainda precisa passar pelo plenário.
“Eu quero mais que o Lula morra, quero que ele vá para o quinto dos infernos, é um direito meu. Não vou dizer que eu vou matar cara, mas eu quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos. Nem o diabo quer o Lula, por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer. Tomara que ele tenha uma taquicardia, porque nem o diabo quer a desgraça desse presidente que está afundando o país. Quero mais que ele morra mesmo", afirmou Gilvan.