A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, manifestou a necessidade de punição ao pastor André Valadão, que aparece em um vídeo afirmando que "se pudesse, Deus mataria todos os homossexuais".
Hoffmann apontou que o líder religioso possui vínculo ideológico com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e deve ser responsabilizado por incitar ódio e ataques contra a comunidade LGBTQIA+. Para ela, não é possível normalizar tal atrocidade.
A deputada Érika Hilton também protocolou uma denúncia contra o pastor na Promotoria de Defesa dos Direitos Humanos do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). O requerimento foi anexado a um procedimento de investigação já em andamento contra Valadão por seus ataques contra homossexuais.
Vontade de Deus como justificativa
No vídeo mais recente, Valadão continua incitando o ódio contra a comunidade LGBTQIA+. Durante uma pregação, ele dispara: "Agora é a hora de tomar as cordas, de volta e dizer: pode parar, reseta. Mas Deus fala que não pode mais". O pastor prossegue dizendo que Deus afirmou: "Já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso, agora tá com vocês".
Essa afirmação foi interpretada como um pedido do pastor para que os evangélicos matassem membros da comunidade LGBTQIA+. A presidente do PT destacou outras declarações problemáticas feitas por ele durante a campanha eleitoral de 2022, incluindo mentiras sobre agora presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fechar igrejas. Ela enfatizou que não se pode usar o nome de Deus para pregar violência.
Nesta segunda-feira (04), Valadão tentou suavizar seus ataques afirmando ter sido mal interpretado. Ele alegou que sua mensagem não se trata de matar ou segregar, mas sim de um recomeço e retorno à essência e princípios. Segundo o pastor, os crentes em Jesus devem levar a mensagem de reinício, renascimento e viver não para si mesmos, mas para Deus e suas leis.
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