Raquel Muniz (PSD-MG), a deputada que viu o marido ser preso por uma série de acusações um dia depois de citá-lo como ‘exemplo do Brasil que dá certo’ em seu voto pró-impeachment, apareceu no Facebook após ser bombardeada por críticas.
A deputada reitera as afirmações feitas elogiando a gestão do marido, no dia da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“Reitero cada uma das palavras ditas no dia 17 de abril durante a votação para aceitar o processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff. Montes Claros tem um gestor íntegro, ético e que preza pela transparência das suas ações”, diz Raquel.
Raquel diz que não há sustentação jurídica para a prisão de seu marido. “Não há razão jurídica para a prisão preventiva do meu marido, o prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz, por não haver risco a ordem pública, nem perigo de fuga e nem haver qualquer indício de obstrução da justiça. Há, sim, razões de outras ordens, não republicanas, que justificam essa investigação”, afirma.
“Acredito que o meu voto na noite do dia 17 de abril foi um voto consciente e mais: foi um voto responsável pois vai ajudar na reconstrução do Brasil e devolver o nosso país aos trilhos do desenvolvimento. Somos pessoas de bem e estamos à disposição da justiça e da sociedade para qualquer esclarecimento. Sou mulher de fé e permaneço acreditando na Justiça”, finaliza a deputada.
As justificativas da deputada não foram bem aceitas nas redes sociais. As críticas representam quase todas as intervenções na página do Facebook de Raquel.
“A frase do dia que o prefeito de Montes Claros MG disse a sua esposa quando entrava no carro da Polícia Federal : ‘Tchau Querida'”, publicou um internauta.
“Tomando banho com dinheiro sujo dos outros e dando discursos morais… típico e sintomático”, afirmou outro usuário.
Ruy Muniz foi preso durante a operação “Máscara da Sanidade II – Sabotadores da Saúde”, por suspeita de prejudicar o funcionamento de hospitais públicos da cidade para favorecer um hospital privado, que é gerido pela sua família.
O prefeito de Montes Claros (MG) deve responder pelos crimes de estelionato majorado, prevaricação, peculato, falsidade ideológica majorada e dispensa indevida de licitação pública.