O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi ouvido pela Polícia Federal mais uma vez nesta segunda-feira, 28. Mauro Cid e seu advogado deixaram a sede da PF em Brasília às 20h, após 10 horas de depoimento. Na saída, nem ele e nem o seu advogado falaram com a imprensa.
Na última sexta-feira, 25, Mauro Cid já tinha passado mais de 06 horas na sede da PF, quando foi ouvido sobre o inquérito que investiga a suposta contratação dos serviços do hacker Walter Delgatti Netto para invasão das urnas eletrônicas.
O depoimento desta segunda é relativo aos supostos encontros de Bolsonaro com o hacker Walter Delgatti. Em depoimento à CPMI do 08 de janeiro, Delgatt afirmou que Mauro Cid foi testemunha dos encontros que ele teve com o ex-presidente. O hacker também afirmou que Mauro Cid teria participado da reunião em que a deputada federal Carla Zambelli promoveu entre ele e Jair Bolsonaro, em agosto do ano passado, no Palácio da Alvorada.
Já na próxima quinta-feira, 31, Mauro Cid será mais uma vez ouvido pela Polícia Federal, mas dessa vez a PF colherá depoimentos simultâneos tanto do tenente-coronel, quanto do seu pai, o general Lourena Cid, além de ouvir também o ex-presidente Bolsonaro, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, o advogado Frederick Wassef, o ex-secretário Fábio Wajngarten e os ex-auxiliares de Bolsonaro, Marcelo Câmara e Osmar Crivelatti.
Esses depoimentos de quinta-feira são relativos ao suposto esquema de desvio de presentes oficiais da presidência da República, como o caso da venda de joias que foram descobertas, arquitetadas por Mauro Cid, nos Estados Unidos.