Apontado como um dos principais articuladores do mensalão pela Procuradoria Geral da República, José Genoino, que na época era presidente do PT, tem adotado a estratégia do silêncio até o julgamento do caso no Supremo Tribunal Federal (STF).
?Sobre esse assunto a única pessoa que fala é o meu advogado, Luis Fernando Pacheco. É essa a linha que eu tenho sempre adotado, de não me pronunciar. Não falo nada, zero. Só falo nos autos do processo", afirmou ao ser questionado sobre o tema.
Hoje assessor especial do Ministério da Defesa, Genoino é um dos 38 réus do processo do mensalão, esquema que, segundo a Procuradoria, consistiu no desvio de recursos para o pagamento de propina a políticos em troca de apoio ao governo no Congresso.
Segundo a PGR, Genoino participou das negociações sobre repasses de dinheiro a partidos aliados e orientou a distribuição dos recursos do esquema.
O advogado do petista, Luis Fernando Pacheco, afirma que ele só era responsável pela ?articulação política? do PT e que ?questões financeiras? ficavam somente a cargo do então tesoureiro do partido, Delúbio Soares.
Pacheco relatou ainda que Genoino se tornou uma ?pessoa amargurada e triste? desde que o escândalo estourou, em 2005.