O Democratas ainda sofre as consequencias das escolhas de 2006, quando não se aliou oficialmente com nenhum candidato a governador. Atualmente, a sigla se divide em três tendências internas de apoio ao PTB, PSDB e ainda convive com membros ligados ao Governo estadual. Com as principais lideranças reunidas neste sábado em Brasília para o lançamento da pré-candidatura do ex-governador José Serra (PSDB) à Presidência, a sigla pretende unificar o discurso em torno de um único nome.
?O DEM tem tendências a favor do ex-prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (PSDB) e também do senador João Vicente Claudino (PTB). Precisamos sintonizar qual o caminho do democratas?, explica o deputado estadual Edson Ferreira (DEM). ?Nosso rumo natural é reproduzir a aliança nacional com o PSDB. Sempre tivemos afinidade com ele?, completa. A fidelidade de democratas favoráveis ao bloco governista também será questionada. ?Nem a lei permite nem o povo entende estar de um lado e ao mesmo tempo em outro palanque?.
Edson reitera que mesmo com o posicionamento de João Vicente em oposição à base aliada, a aliança com o PTB estaria inviabilizada já que o senador assinalou que manterá um palanque no Piauí para a ex-ministra da Casa Civil, Dilma Roussef (PT), como candidata à presidenta. ?Esse caminho no palanque da Dilma é fechado para nós?, frisa Ferreira.
Apesar de manter uma relação política estreita com Claudino, o presidente do DEM no Piauí, o deputado federal José Maia Filho, admite que a saída de Sílvio Mendes da PMT foi um ?sacrifício? e seria negativo para o partido abandonar o tucano em sua empreitada rumo ao Palácio de Karnak. Mainha, no entanto, ainda acredita que as correntes dissidentes do DEM poderão se unir em apoio a apenas um candidato de oposição. ?Estamos trabalhando para que a aliança entre PSDB e PTB seja possível, mas isso só poderá ser definido nos próximos meses?. (S.B.)