O senador Sergio Moro, filiado ao União Brasil, foi convocado a prestar depoimento no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE), em Curitiba. Ele é alvo de duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) que o acusam de praticar abuso de poder econômico, caixa dois e fazer uso indevido de meios de comunicação social durante a fase pré-eleitoral de 2022.
Alega-se que houve R$ 6 milhões em despesas irregulares na campanha de Moro, no entanto, a defesa do senador informou ao blog da jornalista Julia Duailibi que é capaz de comprovar 98% desse valor. Entre as despesas questionadas encontram-se:
- compra de telefone celular pelo presidente do Podemos do Paraná;
- compra de carro blindado;
- viagens para evento político no Nordeste;
- pagamento de empresa que serviu coffee break em evento partidário.
Fontes do meio jurídico dizem que a situação de Sergio Moro é muito complicada e, caso ele seja cassado no TRE, cabe ainda recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
As duas ações contra Moro foram protocoladas por duas frentes antagônicas na política nacional. A primeira pelo pelo Partido Liberal (PL), de base bolsonarista, e a outra pela Federação Brasil da Esperança - FÉ BRASIL (PT/PCdoB/PV), base que elegeu o governo Lula, em novembro e dezembro de 2022.
Se de fato for cassado, na corrida para a eventual vaga deixada por Moro já constam nomes conhecidos da política como Michelle Bolsonaro (PL), Gleisi Hoffmann (PT), Roberto Requião (PT) e Ricardo Barros (Progressistas).