O candidato do PRB Celso Russomanno oscilou negativamente três pontos percentuais, mas mantém a liderança na disputa à Prefeitura de São Paulo, com 32% das intenções de voto.
Pesquisa Datafolha concluída nesta terça-feira mostra que essa é a primeira variação negativa do candidato desde dezembro, quando iniciou a trajetória que o levou de 16% a 35% das intenções de voto.
A manifestação espontânea de voto --quando não é apresentada ao eleitor lista com nomes-- em Russomanno também oscilou negativamente, de 25% para 22% em relação à pesquisa feita no início do mês.
Os dados apontam ainda que passou de cinco para três pontos percentuais a distância entre José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT), que estão tecnicamente empatados em segundo lugar.
O tucano oscilou um ponto percentual para baixo e agora tem 20%. O petista oscilou positivamente um ponto e foi a 17%.
Os dados foram colhidos a pouco mais de três semanas do 1º turno das eleições e 21 dias depois do início da propaganda dos candidatos no rádio e na TV.
Serra e Haddad têm o maior espaço na propaganda. Russomanno, o quarto.
O Datafolha mostra ainda que Gabriel Chalita (PMDB) oscilou de 7% para 8%. Soninha (PPS), com 5%, Giannazi (PSOL) e Paulinho (PDT), ambos com 1%, mantiveram os índices. Os demais não pontuaram.
Foram ouvidas 1.221 pessoas entre 10 e 11 de setembro. A margem de erro da pesquisa, encomendada pela Folha e pela TV Globo, é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
REJEIÇÃO
O Datafolha também perguntou aos eleitores em quais candidatos eles não votariam de jeito nenhum. A rejeição a Serra subiu de 42% a 46%, índice recorde e o maior entre os concorrentes. O de Russomanno, que é um dos menores, foi de 12% a 16%.
Nas simulações de 2º turno, Russomanno vence Serra e Haddad com diferença de 27 e 23 pontos, respectivamente. Na disputa entre o tucano e o petista, o 2º leva a melhor por 7 pontos.
De acordo com o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, mais do que conclusões a pesquisa traz indício de acirramento a se confirmar nos próximos levantamentos.
Paulino aponta como um desses indícios o aumento do total dos paulistanos que não aponta nenhum candidato (brancos, nulos ou indecisos), que passou de 12% para 16%.