Pressionado até o último momento a desistir de disputar o governo do Rio, o senador Marcelo Crivella oficializou neste domingo sua candidatura ao Palácio Guanabara, sem falar quem serão o vice e candidato ao Senado em sua chapa. Em seu discurso, o senador afirmou que seu partido, o PRB, não se curvou aos poderosos. Em nenhum momento, Crivella se referiu aos nomes dos partidos ou pessoas que queriam convencê-lo a se retirar da corrida eleitoral.
? Estamos numa festa da democracia de um partido pequeno, mas que não dobra aos poderosos. O PRB, com sua militância, vai partir para cima e dar trabalho. Tentaram de todas as formas esvaziar a nossa chapa, a nossa convenção, mas isso não vai nos intimidar - afirmou em seu discurso na convenção, que aconteceu no Olaria Atlético Clube, na Zona Norte do Rio.
Ao falar para as pessoas que lotaram a quadra do clube, Crivella criticou o ex-governador Sérgio Cabral por suas viagens a Paris e o ex-governador e candidato à sucessão estadual, Anthony Garotinho, que já fez greve de fome.
? Eu não vou para Paris, não vou fazer greve de fome. Eu vou trabalhar pelo Rio.
Evangélico, o senador afirmou que, se eleito, não vai descriminar ninguém:
? Vamos fazer um governo sem preconceitos de raça, opção sexual e religião.
O PRB não conseguiu se coligar com nenhum partido. Em entrevista ao final da convenção, Crivella comentou o isolamento:
? Não é a primeira vez, para senador, da última vez, ganhei sem coligação nenhuma e contra essa máquina que está ai. Há outros partidos que também estão sem coligação, como o PSTU e o próprio PSOL. Isso não nos desmerece, não nos diminui. O importante é estar com o povo do nosso lado.
Crivella disse ainda ter esperança de atrair outros partidos, mas não quis dizer quais seriam:
? Nesse momento que a gente está se articulando e que há forças enormes tentando emparedar o PRB pela chance que temos de ir para o segundo turno, a gente não pode comentar essas articulações.