Um tribunal federal de Buenos Aires condenou na terça-feira (6), a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, a seis anos de prisão pela acusação de corrupção durante o período em que foi chefe de Estado (2007-2015).
Apesar da condenação no processo conhecido como “Causa Vialidad”, ela não será detida por ter imunidade parlamentar tanto por sua eleição como senadora como por ser a vice-presidente do país.
A justiça ainda determinou que ela fique inelegível para sempre para cargos públicos, reconhecendo-a culpada das denúncias. A argentina, no entanto, nega as acusações e diz ser vítima de uma perseguição política.
Cristina foi condenada pelo crime de administração fraudulenta em detrimento da administração pública com obras públicas em Santa Cruz entre 2007 e 2015, mas foi absolvida pelo crime de associação ilícita.
Desta forma, o tribunal fixou uma pena de seis anos e não de 12 anos como havia sido pedido pelo Ministério Público.
O caso está na justiça desde 2019 e envolve ainda outras 12 pessoas em um escândalo que afeta o megaempresário Lázaro Báez, também condenado a seis anos de prisão por administração fraudulenta.
Ao todo, 51 obras na região teriam irregularidades, o que corresponde a cerca de 80% de tudo que foi feito pelo governo durante aquela época. Cristina e os outros réus ainda poderão recorrer da decisão no Supremo Tribunal Federal.