Cotado para chefiar o Ministério da Fazenda no governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Fernando Haddad se reuniu na manhã desta quinta-feira (8) com o atual titular do Ministério da Economia, ministro Paulo Guedes.
Segundo Fernando Haddad, o encontro durou pouco mais de uma hora e a conversa com Guedes foi "excelente", "cordial" e "educada".
"Passamos em revista vários assuntos importantes. Em uma reunião de uma hora e meia não é possível esmiuçar todos os assuntos, mas foi uma excelente reunião. Reunião muito boa, muito bem recebido. Definimos uma agenda de trabalho a partir da semana que vem", afirmou o petista
Haddad disse que, concluídos os relatórios dos grupos de transição, será preciso se reunir com integrantes dos autos ministérios para ter mais detalhes das agendas e cronogramas de trabalho de cada área, como políticas públicas que serão executadas.
“Uma transação normal, natural. A gente quer que seja a mais suave possível e com os desdobramentos que todos esperamos, que o Brasil cresça mais, gere mais oportunidades”, disse.
Haddad declarou que foi ao ministério da Economia como integrante do grupo da área na equipe de transição de governo. Ele disse que responde pela interface política do grupo com a equipe de Guedes.
"O plano geral de voo foi tratado com ele [Guedes] tanto daquilo que ele entende que está pegando ao país, quanto aquilo que pretendemos fazer a partir do ano que vem. Uma conversa muito importante porque você garante que muitos projetos tenham continuidade", disse.
Encontro com executivos do Banco Mundial
Na quarta-feira (7) Haddad se reuniu com executivos do Banco Mundial. Ele recebeu o vice-presidente para América Latina e Caribe do banco, Carlos Felipe Jaramillo, e o diretor da instituição para o Brasil, Johannes Zutt.
Após o encontro com Haddad, Carlos Felipe Jaramillo disse que teve uma boa conversa com o ex-ministro. Segundo ele, trataram da situação geral da economia global, mas também de temas internos do Brasil como fome, mudanças climáticas e Amazônia, crescimento e produtividade e política fiscal.
De acordo com o executivo do Banco Mundial, durante a reunião, os representantes da instituição financeira ofereceram apoio ao governo brasileiro em quatro principais áreas: pobreza e fome, preservação da Amazônia, crescimento e política fiscal.
Segundo o representante do Banco Mundial, a instituição conta com economistas que acompanham e analisam a situação dos países e dão conselhos sobre as questões fiscais dos países.
Questionado se também teriam reuniões com assessores do governo Bolsonaro, Jaramillo respondeu que esta viagem foi feita para a se reunir com representantes da transição do governo Bolsonaro para o governo Lula.
De acordo com ele, o Banco Mundial continuará as conversas com o novo governo oferecendo suporte no campo econômico.