O corpo do senador Romeu Tuma (PTB-SP) vai ser enterrado nesta quarta-feira (27), em São Paulo. Tuma morreu nesta terça-feira (26) aos 79 anos após sofrer uma falência múltipla de órgãos. A cerimônia está marcada para as 15h, no Cemitério São Paulo, na zona oeste da capital paulista.
O senador, que estava internado desde o dia 1° de setembro, morreu às 13h desta terça-feira. O velório acontece na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), onde o corpo do senador chegou também nesta terça-feira, por volta das 21h20.
Tuma era senador por São Paulo, mas não se reelegeu nestas eleições, quando conseguiu 3,97 milhões de votos. Apesar da internação, o senador havia anunciado que não desistiria da candidatura ao Senado. Na época, a assessoria de imprensa do hospital divulgou que Tuma aproveitaria o período para ?antecipar a realização de uma bateria de exames que já estava pré-agendada?.
Após sete dias, o Sírio-Libanês distribuiu um novo boletim médico em que afirmava que o senador já havia terminado a série de exames. Mas, de acordo com os médicos, a afonia persistia, apesar de o quadro infeccioso estar melhorando.
No dia 2 de outubro, o parlamentar foi submetido a uma cirurgia no coração. A equipe médica implantou um ?dispositivo de assistência ventricular?, que funcionava como um ?coração paralelo? dentro do corpo.
De acordo com Rogério Tuma, o equipamento tinha como função bombear a circulação do sangue nas artérias.
Na ocasião, ele explicou que o quadro de saúde do senador era estável, mas delicado. Segundo o médico, seu pai sofria de uma desidratação.
Como os especialistas não conseguiram hidratá-lo, em função da insuficiência cardíaca que o senador tinha há cerca de 15 anos, resolveram implantar o aparelho, importado da Alemanha.
A cirurgia teve duração de seis horas e transcorreu normalmente.
Carreira policial
Antes de ingressar na política, Tuma construiu uma longa trajetória policial, tendo sido diretor-geral do Departamento de Polícia Federal, função que exerceu até 1992.
Entre 1977 e 1982, ele foi diretor do Dops (Departamento de Ordem Política e Social) em São Paulo. O órgão era responsável por controlar e reprimir pessoas e movimentações que fizessem oposição à ditadura militar.
Em 1983, assumiu a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo e em seguida chegou ao cargo de diretor-geral, função em que permaneceu até 1992.
Sua primeira eleição foi em 1994. Como candidato do PFL (atual DEM), chegou ao cargo de senador com mais de 5,5 milhões de votos. Em 2000, tentou a Prefeitura de São Paulo, mas ficou em quarto lugar. Dois anos depois foi reeleito senador, dessa vez com 7,2 milhões de votos. Seu mandato chegaria ao fim em janeiro de 2011.