COP29: Países entram em acordo sobre mercado de carbono global

O rascunho final destinou US$ 250 bilhões anuais de financiamento dos países ricos, valor criticado por ser insuficiente frente à demanda de US$ 1,3 trilhão até 2035

COP29 | File
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Os países participantes da COP29, realizada em Baku, no Azerbaijão, firmaram um acordo para o estabelecimento do mercado global de carbono. A decisão ocorre após quase uma década de negociações e visa substituir o atual sistema de créditos de carbono por um mecanismo mais eficiente.

Esses créditos são gerados por iniciativas em nações menos desenvolvidas, como projetos de reflorestamento e energia renovável, sendo vendidos a empresas para compensação de emissões. Apesar do avanço, a melhoria do sistema ainda depende de regulamentações que garantam impacto eficaz na redução de gases do efeito estufa.

impasses da conferência

Entretanto, um dos principais impasses da conferência continua sendo o financiamento climático. Pequenos estados insulares e países em desenvolvimento protestaram contra propostas de nações ricas, que sugerem valores menores do que os necessários para combater a crise climática.

Segundo o jornal The Guardian, houve divergências, incluindo a suposta intervenção da Arábia Saudita em textos oficiais das negociações. Os especialistas alertam que a falta de clareza sobre metas financeiras ameaça comprometer o apoio a esses países após 2025, desafiando os objetivos do Acordo de Paris.

O rascunho final destinou US$ 250 bilhões anuais de financiamento dos países ricos, valor criticado por ser insuficiente frente à demanda de US$ 1,3 trilhão até 2035. Representantes das nações mais vulneráveis, como Cedric Schuster, de Samoa, enfatizaram a urgência de ações concretas.

falta de detalhamento

O texto não detalha como os recursos serão arrecadados, o que aumenta a preocupação sobre a previsão do compromisso. A presidente do Instituto Talanoa, Natalie Unterstell, reforça que a inação encarece as soluções climáticas futuras.

A escolha do Azerbaijão como sede também gerou polêmicas devido à ligação de seu presidente, Mukhtar Babayev, com a indústria de petróleo. Com o foco voltado para o Brasil, hospedado da COP30 em 2025, espera-se maior definição das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) e medidas para conter o aquecimento global.

Para mais informações, acesse meionews.com

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