As contas do governo federal tiveram um deficit primário (receitas menos despesas antes do pagamento de juros) de R$ 11 bilhões em março, maior rombo para o mês em 21 anos e um crescimento real (descontada a inflação) de 34% na comparação com o resultado negativo do ano passado.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Tesouro Nacional. No primeiro trimestre, o rombo foi de R$ 18,29 bilhões, uma queda de 2,9% em relação aos três primeiros meses do ano passado.
A Previdência teve um resultado negativo de R$ 40 bilhões no trimestre, ou seja, quase 31% superior ao deficit do mesmo período de 2016. Somente em março, o INSS foi deficitário em R$ 13 bilhões, alta de 22% em relação a mesmo mês do ano passado.
As receitas líquidas somaram R$ 275,4 bilhões no primeiro trimestre e R$ 87,4 bilhões no mês passado, uma redução de 5% e 1,4%, respectivamente, na comparação com 2016.
Já as despesas totalizaram R$ 294,3 bilhões no trimestre e R$ 98,5 bilhões no mês, o que representou uma queda de 4,9% e aumento de 1,6% em relação aos mesmos períodos do ano passado.
TETO DE GASTOS
O órgão divulgou também nesta quinta o acompanhamento do novo regime fiscal —a PEC do Teto, aprovada no ano passado, determina que neste ano as despesas cresçam no limite de 7,2% na comparação com 2016.
Segundo o levantamento do Tesouro, as despesas apuradas entre janeiro e março cresceram 1,9% em relação ao mesmo período do ano passado, ou seja, abaixo do teto estabelecido. No primeiro trimestre, ocorreram 21,96% das despesas que poderão ser realizadas no ano.