Conselho de Ética abre processo contra deputado do castelo de R$ 25 milhões

Moreira ganhou notoriedade por ter sido dono de um castelo de R$ 25 milhões em Minas Gerais

Deputado do castelo de R$ 255 milhões | G1
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O presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PR-BA), indicou nesta quarta-feira (1º) três deputados para compor uma subcomissão de investigação das denúncias contra o deputado Edmar Moreira (sem partido-MG). Um dos três deputados será nomeado relator do caso. Como o processo foi oficialmente instalado, Moreira não poderá mais renunciar para escapar de uma eventual cassação e manter seus direitos políticos.

Os deputados que irão compor a subcomissão são Hugo Leal (PSC-RJ), Sérgio Moraes (PTB-RS) e Professor Ruy Pauletti (PSDB-RS). "Três cabeças pensam melhor, se aconselham melhor. Espero que os senhores entendam e que tenha sido medida mais acertada", disse Araújo ao fazer a nomeação. O Conselho irá agora notificar Moreira. Após a notificação abre-se um prazo de cinco sessões para que o deputado apresente sua defesa.

Moreira ganhou notoriedade por ter sido dono de um castelo de R$ 25 milhões no interior de Minas Gerais, que acabou transferido para o nome de seus filhos. Ele é suspeito de uso irregular de verba indenizatória. Moreira apresentou nota de uma empresa de sua propriedade para comprovar gastos com segurança, empresa da qual era também o único cliente. Em 2008, ele gastou R$ 140 mil dos R$ 180 mil a que tinha direito apenas em gastos com segurança.

Investigação preliminar da Corregedoria encontrou indícios de irregularidades. Uma comissão de investigação diz não ser possível confirmar se o serviço foi efetivamente prestado. Mostrou irregularidade ainda porque Moreira admitiu sacar o dinheiro mesmo antes de o serviço ser realizado. Em documento enviado à comissão, o deputado dono do castelo assinou um contrato com um funcionário no qual a prestação de serviços seria de 28 horas diárias.

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