O plenário do Conselho de Ética decidiu nesta quarta-feira (19) arquivar, por unanimidade, a representação do PMDB contra o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM). A decisão aconteceu na sequência do arquivamento de 11 ações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). Existem dúvidas regimentais se cabe recurso destas decisões.
A representação do PMDB contra Virgílio foi apresentada em retaliação ao fato do PSDB ter apresentado três ações no Conselho de Ética contra Sarney. O presidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ), tinha determinado o arquivamento da ação, mas houve recurso.
A acusação do PMDB contra o tucano tem como base um discurso do próprio tucano em plenário. Virgílio admitiu ter mantido durante mais de um ano em seu gabinete um funcionário que estudava na Espanha. O tucano já começou a devolver à Casa o dinheiro que foi pago ao funcionário neste período.
Outro tema abrangido na acusação feita pelo PMDB diz respeito ao tratamento médico da mãe de Virgílio, já falecida. A casa pagou o tratamento. O tucano afirma que o pagamento foi feito, com autorização da direção da Casa, por que seu pai foi senador e os dependentes têm direito a assistência médica vitalícia.
A representação questiona também um empréstimo que teria sido feito pelo ex-diretor da Casa Agaciel Maia ao tucano. Virgílio estava no exterior e teve problemas em seus cartões bancários. Ele recorreu a um amigo, que, por sua vez, acionou Agaciel. O tucano diz ter quitado o empréstimo.