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Conheça o deputado que entregou endereço de Zambelli a autoridades italianas

Deputado italiano Angelo Bonelli comunicou à Interpol o paradeiro de Carla Zambelli, que foi presa em Roma. Saiba mais sobre os crimes e as acusações.

Carla Zambelli é presa na Itália: entenda o caso | Foto: Reprodução
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O deputado italiano Angelo Bonelli afirmou nesta terça-feira (29) que comunicou às autoridades da Itália o paradeiro da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa pela Interpol em Roma. Filiado ao Partido Verde Europeu, Bonelli já havia se manifestado contra a possibilidade de concessão de refúgio político à parlamentar brasileira e também foi contrário à eventual concessão de cidadania italiana ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2023.

Em documentos encaminhados ao governo italiano, Bonelli detalhou os crimes atribuídos a Zambelli no Brasil, incluindo a disseminação de fake news, a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para inserção de documentos falsos — como um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes — e o episódio em que ela perseguiu um homem armada nas ruas de São Paulo.

O deputado também invocou o tratado de extradição entre Brasil e Itália, previsto na Lei italiana nº 144/1991, e cobrou das autoridades do país medidas urgentes para assegurar a cooperação com a Interpol e o cumprimento da legislação internacional.

“Quais medidas urgentes pretendem adotar, cada um no âmbito de suas competências, para garantir o cumprimento das disposições, no caso de Carla Zambelli, previstas na Lei nº 144/1991?”, questiona Bonelli em ofício enviado aos ministros italianos.

O parlamentar ainda defende uma proposta de mudança na lei italiana que permitiria revogar a cidadania de pessoas condenadas por crimes como tentativa de golpe, crimes contra a humanidade, ou incitação à subversão violenta da ordem democrática.

Em janeiro de 2023, Bonelli já havia usado a tribuna do Parlamento italiano para pedir que o governo impedisse a concessão de cidadania a Bolsonaro e sua família, que, segundo ele, teriam solicitado o benefício enquanto o ex-presidente estava nos Estados Unidos.

“Isso seria um grande problema para a República Italiana, porque, diante dos acontecimentos no Brasil, não pode haver incerteza quanto à negativa de cidadania a quem responde a processos por graves crimes contra a democracia”, declarou à época.

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