Durante mais de quatro horas os vereadores de Teresina, ONGs ambientalistas e representantes da empresa Suzano Celulose discutiram sobre o projeto de instalação da fábrica e o projeto de monocultura de eucalipto que já está sendo implantado no estado.
Foi criada uma comissão com membros de Organizações Governamentais e Não Governamentais, além da Câmara de Vereadores para acompanhar e exigir que toda legislação ambiental seja cumprida rigorosamente. Será encaminhada a ata da reunião ao Ministério Público para que sirva como garantia de que tudo que foi afirmado pelo representante da empresa seja cumprido.
A vereadora Teresa Britto (PV), que propôs a audiência na Câmara Municipal, explicou que o secretário executivo da Suzano, Ricardo Simonetti, esclareceu várias dúvidas como os incentivos fiscais e o financiamento que será feito com recursos próprios e pelo BNDES. Por outro lado, nenhuma informação foi repassada a respeito da instalação da fábrica. Teresa Britto reprovou a atitude da empresa de não esclarecer, sobretudo, sobre a região que será afetada.
Teresa Britto disse que vários pontos obscuros foram esclarecidos, inclusive sobre a espécie de eucalipto que será plantada no Piauí. Segundo a vereadora, o representante garantiu que a espécie escolhida é uma das que menos consome água e nutrientes.
?Nossa preocupação é fiscalizar e querer que a legislação ambiental seja cumprida de forma completa. Deve haver o compromisso com as gerações futuras, e preocupação com a preservação ambiental e social. A empresa teria que apresentar projeto de reflorestamento de Teresina, mas não fez. O Estudo de impacto ambiental foi feito de forma geral e por técnicos de fora do estado?, enfatizou a parlamentar.
O gerente executivo da Suzano, Ricardo Simonneti, disse que empresas estão sendo contratadas para fazer o estudo de impacto ambiental localizado de cada área onde haverá a plantação. Ele informou que a empresa paranaense STCP foi contratada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente para fazer o Estudo de Impacto Ambiental, que foi aprovado pelo órgão estadual em 2009.
Segundo ele, questionamentos técnicos sobre a adequação do licenciamento à legislação ambiental devem ser feitos à Semar. Simonetti disse que a empresa está adquirindo as licenças ambientais das propriedades compradas.