Após um impasse de mais de um ano, a Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos foi reinstalada nesta sexta-feira em uma cerimônia, em Brasília. O evento teve participação do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.
Criada em 1995 no governo Fernando Henrique Cardoso, a comissão havia sido extinta por Jair Bolsonaro a 15 dias do fim de sua gestão. A recriação era defendida por militantes de direitos humanos desde o começo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas a decisão vinha sendo protelada para não criar rusgas com militares.
Desde março do ano passado, a gestão do petista tinha em mãos uma minuta de um decreto para a recriação da comissão. Em julho agora, enfim, Lula assinou o decreto. Indicada para coordenar o colegiado, a procuradora Eugênia Gonzaga tem como objetivo trazer "uma resposta definitiva" às vítimas da ditadura militar.
O plano da comissão é finalizar os trabalhos de identificação das ossadas da Vala de Perus, em São Paulo, continuar buscas em outros locais, como os cemitérios de Ricardo Albuquerque, no Rio; e da Várzea, no Recife.