O professor Leonardo Trevisan, da ESPM, avalia que Donald Trump tinha dois possíveis destinos em 2025. Com processos judiciais anulados e vitória expressiva nas eleições de novembro, ele garantiu a presidência dos EUA, assumindo nesta segunda-feira (20) com fôlego renovado e sem a tutela de líderes do Partido Republicano.
Donald Trump, vencedor das eleições de novembro de 2024, assume a presidência nesta tarde em uma cerimônia em Washington, contando apenas com a presença de aliados, incluindo o argentino Javier Milei.
INÍCIO DO GOVERNO
Nesta segunda, Trump inicia seu governo assinando dezenas de ordens executivas, focadas em políticas anti-imigratórias, que podem afetar brasileiros ilegais nos EUA, e medidas tributárias favoráveis a magnatas de sua equipe.
A estratégia repete a de seu primeiro mandato, com decretos polêmicos nos primeiros dias, como o muro na fronteira com o México e a suspensão de vistos para cidadãos de sete países muçulmanos.
Diferente do primeiro mandato, Trump deve governar em "voo solo", avalia o professor Leonardo Trevisan, da ESPM, após se afastar da ala mais experiente do Partido Republicano. Mais legitimado pelos eleitores, ele venceu Kamala Harris em 2024 tanto no voto popular quanto no Colégio Eleitoral.
POSSE
Na posse, Trump dará sinais de seu "voo solo" ao quebrar o protocolo de convidar diplomatas, enviando convites diretos a aliados como Javier Milei (Argentina), Giorgia Meloni (Itália), Viktor Orbán (Hungria) e Jair Bolsonaro, embora o brasileiro esteja impedido de viajar. Também foram convidados líderes ultraconservadores europeus, como Tino Chrupalla (AfD), Santiago Abascal (VOX) e Nigel Farage, segundo o site Politico.
O presidente Lula (PT) não foi convidado para a posse, sendo representado pela embaixadora Maria Luiza Viotti. Magnatas do Vale do Silício, essenciais à segunda gestão de Trump, também terão lugar garantido no evento. Segundo a imprensa norte-americana, Elon Musk, CEO da Tesla, do X e do SpaceX; Jeff Bezos, presidente-executivo da Amazon; e Mark Zuckerberg, CEO da Meta, estarão nas primeiras filas.
SOBRE A CERIMÔNIA
A cerimônia seguirá a tradição americana, com serviço religioso e chá com Joe Biden, que estará presente apesar de Trump ter faltado à sua posse em 2021, algo inédito em 150 anos. Trump discursará no Capitólio após a posse, seguida da assinatura de ordens executivas, revisão de tropas e um baile à noite. O ato de posse será realizado em local fechado devido ao frio, com previsão de -6ºC.