O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias (PT-PI), projeta um cenário de redução no preço dos alimentos em 2025. De acordo com ele, as políticas do governo Lula, aliadas a uma safra recorde, terão reflexos positivos no custo da cesta básica.
Em entrevista disponibilizada pelo Diretório Nacional do PT, o ministro analisou os principais fatores que pressionaram os preços dos alimentos no último ano e detalhou as ações do governo para reverter essa situação nos próximos meses.
Demanda aquecida e impacto da inflação
Dias apontou que a elevação dos preços nos supermercados tem origem em uma série de fatores, incluindo o aumento da demanda.
A gente teve vários fatores [que afetaram o preço dos alimentos]. Primeiro, a demanda cresceu, porque, graças a Deus, cresceu a renda. As pessoas têm agora um aumento real do salário mínimo; outras, pelos acordos coletivos, estão melhorando a renda; os servidores tiveram aumento – antes era salário congelado; outros que estão atuando como empreendedores. Ou seja, tudo isso faz ampliar o consumo: compra mais arroz, compra mais fubá, derivado do milho, compra mais café.
Outro ponto destacado pelo ministro foi a valorização do dólar em 2024, que, segundo ele, teve um impacto direto no custo dos produtos.
Tanto que agora, quando o Banco Central cumpre com o seu papel, [o valor do real] volta à normalidade e o dólar vai caindo.
Safra recorde e incentivo à produção
Com uma colheita histórica de grãos prevista para este ano, Dias acredita que o esforço do governo para fomentar a produção agrícola já está gerando resultados concretos. Ele citou como exemplo a redução dos juros para a cultura do arroz no país e a ampliação das áreas cultivadas.
Estou participando na Fazenda Ipê, no meu estado, de um plano, que é nacional, de ampliação da produção do arroz. É uma fazenda que está colocando 3 mil hectares de arroz que não tinha antes. Então, isso significa mais produção, e significa alimento mais barato.
Segundo o ministro, a estratégia do governo para enfrentar a alta dos preços não inclui intervenções diretas, como tabelamento de valores ou cotas de exportação, mas sim medidas estruturais para aumentar a oferta.