O prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (União Brasil), detalhou o rombo de aproximadamente R$ 3 bilhões nas contas da Prefeitura da capital. Ao apresentar a soma de dívidas herdadas da gestão anterior, de Dr. Pessoa, o gestor apontou que a crise financeira atingiu também o setor privado.
"Muitas empresas estão quebradas porque confiaram e não receberam", disparou.
💸 Restos a pagar: quase R$ 1 bilhão
Segundo Sílvio Mendes, grande parte do débito se concentra em restos a pagar, que envolvem contratos firmados, serviços prestados e insumos entregues, mas que não foram quitados pela gestão anterior.
"Restos a pagar. O que foi? Foi o que foi contratado, entregue e não pago, 480 milhões de reais. Tem ações que foram usadas, não pagas, 280 milhões de reais. Com outras despesas, totalizando 212 milhões de reais."
O prefeito destacou que as pendências estão sendo judicializadas e exigem ações imediatas da gestão atual. "Aqui fala a Justiça. E precisa renegociar e pagar para quem deve, para quem está devendo", reforçou.
🏥 Saúde pública em colapso financeiro
A Fundação Municipal de Saúde é uma das áreas mais afetadas pela crise. Sílvio Mendes revelou um débito milionário acumulado com medicamentos e insumos hospitalares:
"Só a Fundação Municipal de Saúde, com medicamentos e outros insumos para fazer os hospitais funcionarem, estão devendo 110 milhões de reais. Tá devendo do ano passado. E encerrou o mês de dezembro devendo 110 milhões de reais."
🏦 Empréstimos comprometem capacidade fiscal
Outro fator que pesa na dívida bilionária da Prefeitura de Teresina são os empréstimos contraídos com bancos nacionais e internacionais:
Banco do Brasil: R$ 570 milhões
BRB (Banco de Brasília): R$ 100 milhões
Caixa Econômica Federal: R$ 275 milhões
CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina): R$ 123 milhões
BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento): R$ 202 milhões
Esses valores, segundo Mendes, precisam ser honrados ou renegociados para evitar o agravamento da situação fiscal do município.
📉 Encargos trabalhistas e previdenciários em atraso
A dívida também atinge diretamente os servidores públicos. O IPTM, responsável pelo repasse de valores do “aluguel” dos servidores, não foi pago em um longo período, resultando em um débito de R$ 502 milhões. Além disso, a Prefeitura deve ainda R$ 8 milhões de FGTS e R$ 4 milhões de INSS.
📊 A conta final
O prefeito fez questão de somar todos os valores expostos, concluindo com a estimativa total do rombo:
"Essa é a conta. Se você somar tudo, você chega aproximadamente a 3 bilhões de reais."