A equipe econômica da Prefeitura de Teresina detalhou nesta terça-feira (11 de novembro), na Câmara Municipal, o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026, marcando a retomada dos investimentos em infraestrutura como um dos eixos centrais da próxima gestão fiscal. A proposta orçamentária foi elaborada com base em três pilares — responsabilidade fiscal, fortalecimento das políticas sociais e retomada dos investimentos públicos. As informações foram disponibilizadas pelo secretário executivo de Planejamento, Daniel Pereira.
Grandes obras em 2026
O orçamento prevê quase R$ 400 milhões em projetos estruturantes, voltados principalmente para mobilidade urbana, drenagem e urbanização. A lista inclui intervenções aguardadas pela população e ações de requalificação em várias regiões da capital. Entre as principais obras estão:
Galeria Torquato Neto – R$ 36 milhões
Galeria São Pedro – R$ 35 milhões
Ponte da UFPI – R$ 25 milhões
Avenida Marginal Sul – R$ 45 milhões
Urbanização da Lagoa dos Oleiros – R$ 9 milhões
Além dessas, o pacote de investimentos abrange melhorias na Vila da Paz, requalificação do Mercado São José, novas creches e escolas, e ampliações na rede de saúde pública, com policlínicas, novos leitos de UTI, frota do SAMU, CAPS e UBSs.
Responsabilidade fiscal e equilíbrio das contas
A equipe econômica destacou que o orçamento de 2026 mantém o rigor no controle de gastos públicos e garante crescimento sustentável da arrecadação. A receita total estimada é de R$ 6,05 bilhões, sendo R$ 3,13 bilhões de recursos próprios e R$ 2,93 bilhões de recursos vinculados.
Um dos pontos enfatizados é a redução no custo de rolagem da dívida, que deve cair de R$ 391 milhões em 2025 para R$ 333 milhões em 2026, representando economia de quase R$ 60 milhões. Já as despesas com pessoal continuam dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), totalizando R$ 2,87 bilhões.
Saúde e educação seguem como prioridade
Mais de 55% de todo o orçamento municipal será destinado às áreas de saúde e educação, reafirmando o compromisso da gestão com os serviços essenciais. Serão R$ 2,07 bilhões para a saúde e R$ 1,26 bilhão para a educação, valores que garantem a manutenção da rede municipal e novas entregas à população.
Valorização do Legislativo e participação popular
O projeto mantém a política de emendas impositivas, fortalecendo o papel da Câmara Municipal e assegurando equilíbrio territorial nos investimentos. Cada vereador terá R$ 3,014 milhões em emendas, totalizando R$ 87,4 milhões. Também estão previstas as Indicações Parlamentares Coletivas (IPC), no valor de R$ 43,7 milhões.
Outro destaque é a retomada do Orçamento Popular, que destinará R$ 15 milhões para obras nos bairros, com participação direta da população na escolha das prioridades de investimento.