O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou, em reunião realizada na terça-feira (7), a exigência de fidelidade política de todos os seus dirigentes e membros com cargos de direção municipal e estadual. Segundo o presidente estadual do partido, Fábio Novo, a medida reafirma o alinhamento da legenda com os projetos de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador Rafael Fonteles.
Quem é dirigente partidário, portanto, presidente do partido em nível municipal, membro do diretório estadual e da executiva estadual, precisa votar em candidatos do PT para deputado estadual e federal, e também fidelidade aos dois candidatos ao Senado que serão apresentados pela nossa chapa.
Termo de compromisso
Durante a reunião, os 60 membros do diretório e os 20 integrantes da executiva estadual assinaram um termo de compromisso com a fidelidade partidária. “Todos esses 60 membros do diretório e os 20 membros da executiva se comprometeram, quem é petista, a votar em candidatos do PT para deputado estadual e federal, votar nos nossos projetos de reeleição do governador Rafael Fonteles e do presidente Lula, e nos senadores que serão indicados pela nossa chapa”, explicou.
Diálogo antes da punição
Questionado sobre como será aplicada a fidelidade aos prefeitos, Novo defendeu o diálogo como primeira estratégia. “Nós primeiro vamos fazer um trabalho de sensibilização. Política é diálogo. O partido já está dando um norte, um direcionamento. Nós não vamos fazer caça às bruxas. Quem está no PT e não quer votar no PT, primeiro a gente tem que chamar para conversar”, declarou.
O presidente frisou, no entanto, que se a conversa não surtir efeito, o partido poderá recorrer às regras legais.
Se o diálogo não funcionar, nós vamos ter que recorrer ao que está na legislação. Já tivemos outros partidos, como o PP, que expulsaram membros importantes por não seguir a orientação partidária. O PT fechou questão, e agora vamos dar conhecimento da decisão oficialmente.
Vice-governadoria e estratégia eleitoral
Na mesma reunião, o diretório também decidiu reivindicar a vaga de vice-governador na chapa de reeleição de Rafael Fonteles. Segundo Fábio Novo, essa decisão é uma forma de equilíbrio dentro da base aliada.
“Os dois maiores partidos reivindicam as vagas de senador, e entendemos que o mandato de senador é de oito anos, enquanto o de governador e vice é de quatro. Portanto, reivindicamos a vaga de vice-governador”, destacou o dirigente.