O Piauí se destacou no cenário nacional ao figurar como o segundo estado que mais investiu em relação à sua receita total em 2024, com um percentual de 17%. Os dados são do Relatório Resumido de Execução Orçamentária em Foco dos Estados + DF do 6º bimestre de 2024, divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Tesouro Nacional. O levantamento reforça a posição do estado na priorização de recursos para infraestrutura e desenvolvimento econômico.
Crescimento da receita
O estudo também apontou que a receita corrente do Piauí apresentou um crescimento expressivo de 12% no período analisado, saltando de R$ 17,82 bilhões para R$ 19,92 bilhões. Esse aumento coloca o estado acima da média nacional (10%) e demonstra um fortalecimento da arrecadação, fator essencial para a manutenção de serviços públicos e ampliação de investimentos.
Investimentos em destaque
Com um percentual de 17% aplicado em investimentos, o Piauí fica atrás apenas do Espírito Santo (20%) no ranking nacional. A alocação de recursos em obras e projetos estruturantes é um fator crucial para o crescimento sustentável e para a melhoria da qualidade de vida da população.
O resultado reflete a política fiscal do estado, que tem buscado equilibrar as contas públicas ao mesmo tempo em que amplia sua capacidade de investimentos. Esse desempenho se torna ainda mais relevante diante do cenário nacional, onde alguns estados enfrentaram dificuldades em aumentar suas aplicações nessa área.
Gastos com pessoal e equilíbrio fiscal
As despesas com pessoal são um dos principais desafios fiscais para os estados brasileiros. No Piauí, esse tipo de despesa não aparece entre os mais elevados do país, o que pode indicar uma margem maior para investimentos e gestão eficiente dos recursos. Em contrapartida, estados como Rio Grande do Norte (72%), Rio Grande do Sul (64%) e Rio de Janeiro (61%) comprometem uma parte significativa de sua receita com essa rubrica.
Comparativo nacional
No Brasil, o Espírito Santo lidera o ranking de investimentos (20%), seguido pelo Piauí e por Alagoas, ambos com 17%. Por outro lado, estados como Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Distrito Federal destinaram apenas 5% de suas receitas totais para investimentos.