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Mel do Piauí não escapa da taxa Trump; veja quais novos mercados estão sendo negociados

A nova taxação atinge em cheio os produtores piauienses, já que os Estados Unidos são o principal destino das exportações do mel local.

O mel do Piauí é reconhecido pela alta qualidade. Novos mercados estão no radar. | Geirlys Silva

O mel produzido no Piauí, conhecido internacionalmente por sua alta qualidade e floradas exclusivas do cerrado, será um dos produtos atingidos pela nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos. A medida foi oficializada nesta quarta-feira (30), por meio de uma portaria publicada pelo governo norte-americano, e entra em vigor já no próximo dia 06 de agosto.

Embora o pacote tarifário tenha contemplado uma série de exceções — como suco e polpa de laranja, castanha-do-pará, aço e itens da aviação — o mel ficou de fora da lista, composta por 694 produtos isentos, a maioria deles dos setores de aeronaves e energia fóssil.

↘️ IMPACTO DIRETO NO PIAUÍ: EUA ERAM PRINCIPAL COMPRADOR

A nova taxação atinge em cheio os produtores piauienses, já que os Estados Unidos são o principal destino das exportações do mel local. Com embarques previstos entre agosto e outubro, o setor agora busca soluções rápidas para evitar prejuízos e rupturas na cadeia produtiva.

↘️ EUROPA E ÁSIA GANHAM FORÇA COMO ALTERNATIVAS

Diante do novo cenário, produtores voltam esforços para mercados da Europa, especialmente Alemanha, Holanda, Bélgica e Dinamarca — países que já consomem o mel brasileiro e oferecem preços competitivos em relação aos praticados nos EUA.

Além disso, tratativas com o Canadá foram retomadas, com apoio de parceiros comerciais e diplomáticos. A Ásia e o Oriente Médio também entram no radar, com negociações abertas com China, Japão, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, países considerados estratégicos para ampliar o alcance do produto piauiense.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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