Durante debate promovido pelo jornal O Globo, o governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), criticou com veemência a postura do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diante da imposição de tarifas contra produtos brasileiros sob a condicionante do encerramento do processo contra Jair Bolsonaro. Fonteles classificou a interferência política como grave e desrespeitosa.
“Olha, isso é o que mais nos preocupou, porque você misturar esses assuntos com esses temas comerciais é realmente algo muito preocupante e desrespeitoso com o país, com o povo brasileiro e com as instituições brasileiras”, afirmou Fonteles, durante o embate com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo).
↘️ POLÍTICA EXTERNA E INTERFERÊNCIA JUDICIAL
Fonteles questionou o fato de Trump associar tarifas comerciais a julgamentos conduzidos por cortes brasileiras, numa referência indireta às recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao clima de tensão diplomática entre os dois países.
“Então, você misturar questões sobre opiniões, se o julgamento feito por uma corte de um país está sendo feito de maneira correta ou não, e nisso misturar com tarifas comerciais de importação, é algo muito grave”, avaliou.
↘️ REAÇÃO DO POVO BRASILEIRO E DEFESA DAS INSTITUIÇÕES
Na avaliação do governador piauiense, a postura do presidente norte-americano provoca indignação popular e une as instituições brasileiras em torno da defesa da soberania nacional.
“Com relação a isso, não há a menor dúvida de que a grande maioria do povo brasileiro se revolta com uma situação como essa. É algo muito grave e não tenho dúvida de que as instituições do país irão se unir mais ainda na defesa da soberania brasileira e das instituições brasileiras”, completou.
↘️ FONTEleS DEFENDE RESPEITO À AUTONOMIA DO BRASIL
Rafael Fonteles finalizou seu posicionamento reforçando que interesses comerciais não podem ser usados para interferir na autonomia jurídica e política do Brasil:
“Se há interesses comerciais envolvidos, que se respeite a questão comercial e não se tente invadir a competência das instituições brasileiras”, concluiu.