Em entrevista exclusiva à coluna, o ex-prefeito de Teresina, Dr. Pessoa (PRD), quebrou o silêncio sobre o suposto envolvimento em um esquema de cancelamento ilegal de multas na Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans). O ex-gestor negou com veemência qualquer participação no caso e direcionou críticas duras ao ex-superintendente do órgão, Bruno Pessoa, seu sobrinho.
O posicionamento vem após Bruno Pessoa afirmar, em depoimento à Polícia, que Dr. Pessoa teria autorizado o cancelamento das infrações. A declaração colocou o ex-prefeito sob suspeita em uma investigação que já sacudiu os bastidores da política municipal.
"DESORDEIRO QUE SUJA O NOME DA FAMÍLIA"
Irritado com as acusações, Dr. Pessoa não poupou palavras ao se referir ao sobrinho, usando termos contundentes para expressar a decepção e o rompimento familiar.
Lamento ele ter envolvido meu nome lá. Eu nunca, nem minha mãe se fosse viva, eu não iria tirar multa de quem agrediu o ambiente, as normas, as leis do trânsito. Não faria, não sou cidadão. Minha história é limpa. Mas tem aquele dizer popular: quando a pessoa está no caminho do inferno, ele diz: ‘eu quero levar mais alguém’. Eu peço aos órgãos de investigação que vá fundo. Mas esse é um desordeiro que sujou, que está sujando o nome da família. Ele é um crápula. Ele é outra palavra que eu não quero externar aqui. É só um desordeiro que faz isso.
"NÃO PASSO A MÃO NA CABEÇA DE NINGUÉM"
O ex-prefeito também aproveitou para afirmar que não vai defender nem proteger qualquer envolvido no esquema, inclusive familiares.
Eu oriento o seguinte: que os órgãos de investigação — seja da Polícia A ou B, seja do Ministério Público, etc. — vá a fundo procurar quem é que deve. Quem é que deve. Eu não vou passar essa mão aqui que Deus me deu na cabeça de ninguém. De ninguém, nem relacionado à família e nem distante da família. Nenhum que fez parte da minha administração, que fez parte da minha história.