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Exclusivo Defesa de Tatiana Medeiros estuda processo e crava: “Decisão não foi publicada ainda”

Em diálogo exclusivo com esta coluna, o advogado Edson Araújo destacou que a Defesa está esperando a publicação para definir os passos seguintes.

Advogado Edson Araújo fala sobre a situação de Tatiana Medeiros após prisão ser mantida. | Divulgação/Reprodução

Após o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) derrubar a liminar que permitia o retorno da vereadora Tatiana Medeiros (PSB) ao mandato, a defesa da parlamentar afirmou que ainda não tomou nenhuma decisão sobre os próximos recursos. Em conversa exclusiva com esta coluna, o advogado Edson Araújo destacou que o time jurídico está acompanhando o caso e aguarda a publicação do acórdão para definir as medidas cabíveis.

Nós estamos estudando o processo, a decisão foi oral e não foi publicada ainda em seu inteiro teor, somente após isso decidiremos o que fazer.


TRE mantém prisão domiciliar e afastamento do mandato

Por seis votos a um, o plenário do TRE-PI decidiu, na segunda-feira (13), manter a prisão domiciliar de Tatiana Medeiros e o afastamento de suas funções na Câmara Municipal de Teresina. A decisão reverte a liminar concedida pelo juiz José Maria de Araújo Costa, que havia autorizado o retorno da vereadora ao cargo.

O pedido para levar a questão ao plenário partiu do procurador Regional Eleitoral, Alexandre Assunção e Silva. Com a decisão, Tatiana permanece em prisão domiciliar, submetida a medidas cautelares, e segue afastada do mandato.


Defesa articulava retorno à Câmara

Antes da sessão do TRE-PI, a defesa acreditava que Tatiana participaria da sessão plenária desta terça-feira (14) na Câmara Municipal.
Tatiana Medeiros foi presa em 3 de abril, após mandado de prisão preventiva expedido em 23 de março. Dois meses depois, em 3 de junho, a Justiça concedeu prisão domiciliar por motivos de saúde, impondo restrições como o uso de tornozeleira eletrônica.

A vereadora é acusada de ter recebido recursos ilícitos durante a campanha eleitoral de 2024. De acordo com a Polícia Federal, parte dos valores usados na eleição teria origem em uma facção criminosa com atuação no Piauí e em outros estados.


Provas anuladas e divergência jurídica

A defesa conseguiu, anteriormente, a soltura de Tatiana após o Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI) anular um relatório financeiro do Coaf, considerado peça central na denúncia. O tribunal entendeu que o documento foi obtido sem autorização judicial, violando o devido processo legal.

Segundo o promotor Marcelo de Jesus, que atua no processo envolvendo o namorado da vereadora, o caso ilustra uma divergência entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) quanto ao uso de relatórios financeiros sem prévia autorização da Justiça. 

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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