Os vereadores do Rio aprovaram nesta quarta-feira, 7, Projeto de Lei 1892/2023 que cria o Dia da Cegonha Reborn a ser comemorado no dia 4 de setembro. Segundo a justifica da autora do projeto, a vereadora Thaís Ferreira (PSOL), trata-se de homenagem " às artesãs que criam bonecos realistas de bebês, apelidadas de Cegonhas".O texto irá para a sanção do prefeito Eduardo Paes (PSD).
Justificativa
O nascimento de um bebê é um momento singular na vida de uma mulher, e não é diferente para as mamães reborn, porém, os seus filhos são enviados por cegonhas, sendo esse o nome conferido às artesãs que customizam bonecas para se parecerem com bebês reais.
Os Reborn são bebês extremamente realistas, fabricados artesanalmente por “cegonhas”, ou seja, artesãs que se utilizam de técnicas para simular traços reais de vida nos reborns, geralmente tendo por base a descrição da idealização de um bebê recém-nascido ou a fotografia de um filho.
A arte da Cegonha Reborn também tem sido utilizada em diversos países, como forma de lembrança de um filho pequeno ou de um bebê que não sobreviveu, e ainda, tem contribuído para transformar os adultos colecionadores em mamães e papais, que passam a adotar essas experiencias em suas vidas reais.
Os bebês realistas estão ganhando cada vez mais espaço pois tornaram-se uma febre mundial. Surpreende ainda, o fato de que no mundo dos bebês reborn, existe até maternidade e parto. Há ainda, relatos de casos em que são utilizados como terapia por Psicólogos, para o restabelecimento de lutos e outros traumas. Nos casos de falecimento de um filho recém-nascido, o bebê reborn é utilizado por um curto período, sempre sob orientação profissional, auxiliando no processo de recomposição da mãe ou o pai enlutado.
Partos e encontros
Segundo ainda a autora, os bonecos realistas pestram "grande ajuda psicológica a tantas famílias". Nas plataformas digitais viralizam vídeos que um "parto"de um bebê reborn. A gravação registra o processo de forma a torná-lo semelhante ao nascimento de seres humanos. Também está crecendo o número de encontros e passeios de mães com esses bonecos realistas.A psicóloga Brenda LIma vê com restrição a popularização desses bonecos. "Eles podem ajudar no processo do luto, no caso de mães que perdem seus filhos. Mas não podem ser vistos como substitutos", alerta. Segundo ela, algumas das mães reborn acreditam que os bonecos reagem ao afeto que elas demonstram.