Uma das heranças mais condenáveis do Congresso Nacional, entre tantas que já produzidas na atual legislatura, a PEC da Blindagem, aprovada de forma avassaladora nos 2 turnos de votação na Câmara Federal, desencadeou um revés inédito.. Dois dias depois da aprovação, e ainda gerando reações indignadas, a PEC apresentou ao Brasil a figura do político arrependido. "Ligaram dizendo que eu sofreria retaliações, caso votasse contra. Fui covarde. Quero pedir perdão para vocês", desculpou-se a deputada federal Silvie Alves (União/GO), em um vídeo destinado aos eleitores.
Além dela, pelo menos mais 4 parlamentares de diferentes estados publicaram vídeos e até nota de retratação se desculpando com os eleitores. Silvie Alves (União-GO) pediu desfiliação do Partido e denunciou ter sido constrangida a vota a favor da Proposta que cria salvo-conduto para o cometimento de crimes sob o manto do mandato conquistado nas eleições.
Um dos petistas a votar a favor da proposta, o piauiense Merlong Solano publicou uma "Nota de Retratação, onde ele pede desculpas aos eleitores e diz que "cometeu um equívoco”que teria sido motivado pelo desejo de manter um diálogo entre o seu Partido e o centrão
Outro que também se desculpou foi Pedro Campos (PSB/PE) . Na legenda do video publicado, ele justifica que “A política é feita de escuta, de humildade e de coragem! Como sempre fiz, vim esclarecer minha posição sobre a PEC da Blindagem e explicar por que decidi, agora, entrar com um mandado de segurança no STF contra essa votação na Câmara dos Deputados”. Além do pedido de desculpas, Campos, que é irmão do prefeito de Recife João Campos, divulgou que entrou com uma ação no STF para contestar a aprovação do voto secreto, amém aprovada pelo Parlamento