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No Piauí, ministro Padilha faz balanço sobre casos de intoxicação por metanol

Um caso suspeito registrado em Parnaíba foi incluído nos dados.

Ministro Alexandre Padilha disse que os casos suspeitos subiram para 127 | Divulgação

O Ministério da Saúde atualizou, neste sábado (4), os dados sobre os casos de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol. Durante visita ao Piauí, o ministro Alexandre Padilha informou que o país registra agora 127 notificações de suspeitas, das quais 11 foram confirmadas por exames laboratoriais. Um caso suspeito registrado em Parnaíba foi incluído nos dados.

Padilha explicou que os números são atualizados diariamente a partir de informações repassadas pelas coordenações estaduais, sempre às 16h. Segundo ele, o aumento registrado se refere apenas a novos casos suspeitos.

Coletiva de imprensa com o ministro da saúde, Alexandre Padilha, no Piauí | Foto: Cecília Brandão

“Ontem eram 113 casos no país notificados por suspeita de intoxicação pelo metanol. Durante a noite, eu recebi, por exemplo, do secretário estadual de Saúde, a informação de um caso suspeito em Parnaíba. Agora de manhã, chegamos a 127 casos notificados, incluindo o registrado aqui no estado. Desses 127, nós temos 11 com confirmação laboratorial. Então, não houve aumento de confirmação laboratorial, mas sim de suspeitas clínicas”, disse o ministro.

CUIDADOS IMPORTANTES

O titular da pasta destacou a importância da notificação imediata pelos profissionais de saúde, mesmo antes da confirmação laboratorial, pois isso agiliza o tratamento e a investigação sobre a origem das bebidas.

“É muito importante continuar notificando na primeira suspeita clínica, não esperar a confirmação laboratorial. Primeiro, pelo cuidado ao paciente. Quando o profissional de saúde faz a notificação imediata, o centro de referência de toxicologia do estado já dá apoio na condução correta do caso, iniciando protocolos, garantindo hidratação, monitoramento cardíaco e o uso do antídoto, que é o etanol farmacêutico”, explicou.

Padilha ressaltou ainda que o registro rápido contribui para o trabalho das forças de segurança na identificação da origem das bebidas adulteradas. “Essa notificação faz com que a gente identifique onde a pessoa consumiu a bebida. Isso inicia o processo da polícia civil, da polícia federal, de investigar onde foi comprado, se foi em festa, qual foi o fornecedor, para punir os criminosos que estão cometendo esse crime contra a população”, completou.

DEFESA À VACINAÇÃO

Alexandre Padilha falou também da importância da vacinação infantil e fez um apelo direto aos pais para que não deixem de vacinar seus filhos. Ele lembrou que imunizar crianças é uma proteção fundamental contra doenças graves e evitáveis, como a paralisia e outras complicações sérias.

“Às vezes a vacina tem que chegar uma vez por semana, uma vez por mês, o seu pai, a sua mãe foi lá e te levou pra ser vacinado, impedindo que você tivesse paralisia, impedindo que você tivesse doenças graves. Não negue esse direito ao seu filho, a sua filha. A gente, nas nossas pesquisas, mostra que há muitos pais ainda que não levam os seus filhos para se vacinarem, por qualquer desconfiança que plantaram na cabeça dessas pessoas, das fake news, desse negacionismo, dessa rede difusora absurda de mentira sobre saúde, gerando dúvidas sobre a vacina. Eu sou médico, infectologista, sou pai de uma criança de 10 anos, e aplico nela todas as vacinas do calendário oficial do SUS. Eu não aplicaria uma vacina na minha filha se eu não tivesse certeza da eficácia dela”, afirmou Padilha.

*** As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.
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