O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, intimou o desembargador Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), e o juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) a prestar esclarecimentos sobre suspeitas que estão sendo investigadas em um pedido de providências no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
São três intimações distintas. A primeira diz respeito às reclamações apresentadas pelo advogado Rodrigo Tacla Duran, em relação às decisões tomadas nos processos movidos contra ele no TRF-4. O advogado solicita o afastamento do desembargador de Malucelli e requer a abertura de um processo administrativo disciplinar contra o mesmo.
A segunda intimação é resultado de um requerimento apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). O parlamentar também manifesta sua insatisfação em relação às decisões tomadas nos processos envolvendo Tacla Duran, mas solicita, de forma liminar, a suspensão de todas as decisões proferidas por Malucelli "nos processos em que seu filho atua como parte, interessado ou advogado de outras partes, até a conclusão do julgamento desta representação".
A terceira intimação é realizada em resposta a uma solicitação feita pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE). O político requer a abertura de um processo administrativo disciplinar devido a possíveis indícios de parcialidade do desembargador, decorrentes de vínculos familiares existentes entre a família do senador e ex-juiz federal Sérgio Moro, bem como da deputada federal Rosângela Moro.
O desembargador Marcelo Malucelli é alvo de um pedido de providências com o objetivo de avaliar se houve a prática de uma falta disciplinar. O magistrado é pai do advogado João Eduardo Malucelli, sócio de Sergio Moro em um escritório de advocacia, além de ser namorado da filha mais velha de Moro. Rodrigo Tacla Duran acusa Moro de supostamente tentar extorqui-lo a fim de evitar sua prisão durante as investigações da Operação Lava Jato.
Com informações: ConJur