Ciro diz quer ser “novo senador” e rebate críticas de AJM e Heráclito

Ele criticou ainda os senadores que estariam “comprometidos com projetos pessoais e partidários acima dos interesses do Estado”

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Concorrendo com dois senadores que buscam a reeleição ? Heráclito Fortes (DEM) e Mão Santa (PSC) ? o deputado federal Ciro Nogueira (PP) pautou seu discurso, durante o debate realizado ontem pela TV Meio Norte, na defesa de uma nova maneira de atuação dos parlamentares piauienses. ?O senador não pode ficar distante do dia-a-dia da população e o Piauí merece um senador com novas atitudes. É preciso estar presente, seja em debates com entidades estudantes, de classe, e na internet, para receber críticas e corrigir nosso mandato?, argumentou. Ciro aproveitou para reiterar sua participação na base de apoio do presidente Lula no Congresso e o apoio à candidatura da ex-ministra Dilma Roussef (PT) à Presidência.

Ele criticou ainda os senadores que estariam ?comprometidos com projetos pessoais e partidários acima dos interesses do Estado?. Ciro também teve embates com o candidato petista ao Senado, Antônio José Medeiros (PT) e Heráclito Fortes. Após questionar Heráclito sobre a tramitação do novo Código Florestal, que será votado na Câmara Federal e, em seguida, no Senado, Nogueira teve como resposta a acusação de que não teria se empenhado para a aprovação do projeto nas comissões da Casa.

?Não entendi essa colocação. O Código nem foi votado. O senhor está muito nervoso?, retrucou. ?Temos que aumentar proteção às margens e nascentes. Temos um grande manancial ao contrário de São Paulo, que já teve as matas devastadas e, se aprovado, o novo Código vai prejudicar os Cerrados do Piauí ?, completou. Já em relação à Antônio José, Ciro precisou explicar seu posicionamento a favor do Governo Wellington Dias no último mandato do petista e a presença atualmente na oposição, ao lado do senador João Vicente (PTB), na campanha ao Palácio de Karnak.

?Qual a segurança que se tem da firmeza de seu posicionamento em um Governo de Dilma Roussef na Presidência??, perguntou Medeiros. "Nunca fez parte da minha história ficar em cima do muro. Fomos convidados e recebemos um ministério muito importante, o da Cidades. Não teve deputado mais fiel à Lula nos últimos quatro anos do que eu. Apoiei administrativamente o Wellington e não exigimos nenhum cargo?, explicou. O deputado argumentou ainda que apoiou João Vicente pois construiu com o petebista um ?projeto para o Piauí?.

Questionado novamente por Medeiros sobre sua candidatura à Presidência da Câmara contra o candidato apoiado pelo presidente Lula, Ciro foi enfático: ?"Não confunda apoio com subserviência. Coloquei meu nome para disputar e fiquei em segundo lugar, com 140 votos. Acredito no projeto da ministra Dilma mas jamais abdicarei do direito de disputar qualquer eleição", retrucou.

Nogueira também destacou que, se eleito, pretende implementar políticas mais rígidas de combate às drogas. ?Hoje em dia quase todos têm conhecidos envolvidos com drogas, principalmente o crack. Temos que buscar proteger nossas fronteiras, punir o traficante com penas severas e colocar emendas parlamentares para casas de recuperação?, frisou. (S.B.)

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