O novo modelo do carnaval de Teresina foi alvo de elogios e críticas. O presidente da Fundação Monsenhor Chaves, Cineas Santos, criticou a atitude das pessoas que contestaram o novo modelo do carnaval antes mesmo dele ser realizado. De acordo com ele, é preciso que as escolas de samba e a população em geral tenha o discernimento para saber o que há de propostas para a melhoria do carnaval da capital e o que há de aproveitamento político nas declarações.
Segundo o presidente da Fundação, alguns políticos se prontificaram a lutar por emendas parlamentares para a construção de um sambódromo em Teresina. "E eu concordo com a construção desse espaço. A cidade precisa de um espaço adequado para a realização de grandes eventos", pontua, acrescentando que muitas pessoas, inclusive políticos, contestaram o carnaval antes de ele se efetivar. "Estive em todos os bairros e o que vi foi famílias nas praças, com crianças em carrinhos de bebê. Em todos os bairros havia policiais militares, seguranças privados, ambulâncias", enumerou, frisando que deve haver menos politicagem e mais política pública.
Cineas Santos acrescentou que propôs para as ligas de escolas de samba que agora, passada as festas carnavalescas, que procurassem os políticos que se prontificaram a lutar por emendas parlamentares. "Eles devem procurar esses políticos para saber o que há de concreto nisso e saber o que há de palanque político. Estamos em ano eleitoral e para muitos, tudo é possível. A prefeitura entende que é preciso parcerias para viabilizar o carnaval. O prefeito teve a coragem de mudar e cabia a mim, como presidente da Fundação, acatar as mudanças", ressaltou.
Sem fazer comparativos com as edições passadas do carnaval de Teresina, Cineas Santos afirmou que ficou satisfeito com os resultados do carnaval deste ano. "O desfile não inviabiliza a folia nos bairros. Nunca participei de carnaval mas, neste ano, via o contentamento das pessoas, que lotaram as praças e brincaram com segurança", enfatizou, acrescentando que sobre as mudanças do carnaval para o próximo ano não está confirmada. "Isso dependerá das parcerias que poderão ser viabilizadas", finaliza. (M.M)