Cidades provisórias começam a ser construídas no Rio Grande do Sul

O governo estadual garante que essas áreas terão “toda a estrutura necessária para atender às demandas das famílias”, incluindo segurança pública

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Militares participam de montagem de casa cedida Agência das Nações Unidas para Refugiados | Joel Vargas/GVG

Nesta quinta-feira (6), o governo do Rio Grande do Sul assinou um termo de cooperação com as prefeituras de Porto Alegre e Canoas para a criação dos primeiros cinco Centros Humanitários de Acolhimento (CHAs), destinados a abrigar desabrigados pelas chuvas intensas que atingiram o estado. Também foram definidos os locais de construção. Novas medidas habitacionais para a população de baixa renda, incluindo a construção de casas definitivas e temporárias, serão anunciadas nesta sexta-feira pelo governador Eduardo Leite.

Os cinco CHAs poderão abrigar 3,7 mil pessoas. Em Porto Alegre, as estruturas serão instaladas no Centro Humanístico Vida, no estacionamento do Porto Seco e no Centro de Eventos Ervino Besson, com capacidade para até duas mil pessoas. Em Canoas, os CHAs serão localizados na Avenida Guilherme Schell, próximo à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), e no Centro Olímpico Municipal (COM), abrigando cerca de 1.700 pessoas. O governo estadual garante que os CHAs terão "toda a estrutura necessária para atender às demandas das famílias", incluindo segurança pública.

Governo do Rio Grande do Sul assina termo de cooperação com as prefeituras de Porto Alegre e Canoas (Foto: Reprodução)

ESTRUTURA DAS CASAS

A infraestrutura dos CHAs será semelhante à utilizada em hospitais de campanha, com espaços modulares em formato de galpão e tenda piramidal, estruturas metálicas e divisórias internas para definir os espaços familiares. Além disso, 208 casas montáveis cedidas pela Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) serão utilizadas, cada uma com capacidade para cinco pessoas.

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PRIMEIRA CASA INSTALADA

Na quinta-feira, a primeira casa emergencial foi instalada em Canoas durante um treinamento da Acnur com dez militares, que aprenderam a montar a estrutura desde a abertura das caixas até a colocação das bases, paredes, janelas, teto e porta. O CHA da Avenida Guilherme Schell contará com este modelo de casa. Das 208 unidades, 108 já estão no Rio Grande do Sul e cem estão em trânsito, vinda de Roraima e Colômbia.

(Foto: Rodrigo Ziebell/Ascom GVG )

Especialistas alertam sobre o risco de os abrigos temporários se tornarem permanentes, como ocorreu no Haiti, levando ao surgimento de novas favelas.

O termo de cooperação prevê ações conjuntas para garantir serviços essenciais, como segurança pública, para a instalação, manutenção e desmontagem dos CHAs. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado (Fecomércio) será responsável pela contratação da empresa que construirá os CHAs e pela gestão dos espaços. O processo contratual deve ser concluído até a próxima semana, e os centros deverão estar operacionais em até 20 dias.

Os CHAs contarão com cozinha, refeitório, lavanderia, fraldário, áreas para assistência médica e social, espaços de convivência, áreas para crianças e animais de estimação, além de banheiros masculinos, femininos e neutros. Atualmente, o estado possui mais de 400 abrigos e 21,6 mil pessoas desabrigadas.



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