Após os temporais e enchentes no Rio Grande do Sul, o número de mortes por leptospirose subiu para 13, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES). A SES confirmou cinco óbitos adicionais causados pela doença, que é transmitida pela água suja contaminada pela urina de ratos.
A primeira vítima identificada foi Eldo Gross, um homem de 67 anos, residente em Travesseiro, no Vale do Taquari. Todas as vítimas são do sexo masculino, com idades variando entre 30 e 69 anos, segundo o governo estadual. Além disso, sete outras mortes estão sob investigação pela SES, enquanto cinco óbitos foram descartados após análises.
A SES recebeu 3,6 mil notificações de casos de leptospirose, dos quais 242 foram confirmados. As chuvas intensas iniciaram em 29 de abril na Região dos Vales, afetando posteriormente a Região Metropolitana, o Vale do Taquari e o Sul do estado. O desastre resultou na morte de 172 pessoas e afetou 2,3 milhões de habitantes no RS.
LEPTOSPIROSE
A leptospirose, causada pela bactéria Leptospira interrogans, é transmitida pela exposição à urina de animais infectados, especialmente roedores. Em enchentes, a urina misturada à água contaminada pode infectar pessoas. A doença pode ser assintomática, mas em casos graves pode levar à falência de órgãos, com uma letalidade média de 9%.
COMO DESINFECCIONAR O AMBIENTE
Em áreas afetadas por inundação, é recomendável desinfetar o ambiente usando água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%), na proporção de um copo para cada balde de 20 litros de água.
Outras medidas de prevenção são:
- manter os alimentos guardados em recipientes bem fechados;
- manter a cozinha limpa sem restos de alimentos;
- retirar as sobras de alimentos ou ração de animais domésticos antes do anoitecer;
- manter o terreno limpo e evitar entulhos e acúmulo de objetos nos quintais.
Essas medidas auxiliam na prevenção da presença de roedores. Além disso, a exposição à luz solar também contribui para eliminar a bactéria responsável pela leptospirose.