A Justiça da Itália decidiu, nesta quarta-feira (13), manter detida a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), presa em Roma desde 29 de julho. A parlamentar foi condenada no Brasil a dez anos de prisão por envolvimento no caso em que o hacker Walter Delgatti teria invadido o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserido um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.
Audiência e argumentos da defesa
Antes da audiência no Tribunal de Apelação de Roma, Zambelli informou estar passando mal e foi atendida por uma médica. Questionada pelo juiz, afirmou que poderia prosseguir com a sessão. Durante a audiência, a defesa alegou que a parlamentar possui condições físicas e psicológicas específicas, citando “um tipo raro de fibromialgia e diversas disfunções psicológicas”. O advogado Fabio Pagnozzi solicitou que ela aguardasse o processo em liberdade ou, alternativamente, em prisão domiciliar.
Decisão e próximos passos
O juiz determinou a manutenção da prisão preventiva e agendou para 22 de agosto uma perícia médica solicitada pela defesa. Uma nova audiência foi marcada para sete dias após o exame. Zambelli compareceu acompanhada do pai, João Hélio Salgado, de 77 anos.
Processo de extradição
O pedido de extradição formulado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e encaminhado pelo Itamaraty em junho será analisado pela Justiça e pelo governo italianos. Especialistas apontam que o procedimento pode levar até um ano. Enquanto isso, a deputada permanecerá sob custódia.