Chanceler discute repatriação de brasileiros após guerra no Líbano

Ministro das Relações Exteriores do Brasil conversou com Abdallah Rashid Bou Habib por cerca de 40 minutos em Nova York.

Conflito | Reprodução
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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reuniu neste sábado (28) com o chanceler do Líbano, Abdallah Rashid Bou Habib, em Nova York, nos Estados Unidos. Na conversa, eles avaliaram o atual momento do conflito entre Israel e o grupo extremista Hezbollah e discutir uma eventual operação de repatriação de brasileiros no país.

As informações foram divulgadas pelo Itamaraty após o encontro, que durou cerca de 40 minutos.

Só nesta semana, 700 pessoas morreram no Líbano em ataques, segundo as autoridades do país. Entre os mortos estavam dois brasileiros. Os ataques partem de Israel, que bombardeia o país para atingir o grupo extremista Hezbollah. Neste sábado (28), um ataque das Forças Israelenses mataram o chefe do grupo, Sayyed Hassan Nasrallah.

Ao todo, cerca de 21 mil brasileiros vivem no Líbano atualmente. O número representa a maior comunidade brasileira em países da região, à frente de Israel (14 mil), Emirados Árabes Unidos (9,6 mil) e Jordânia (3 mil), por exemplo.

A embaixada brasileira em Beirute, capital libanesa, começou a colher dados de brasileiros no Líbano para possível repatriação na terça-feira (24), mas ainda não foram divulgados o número de pessoas que querem voltar para o Brasil. O Palácio do Itamaraty criou um formulário para brasileiros e parentes próximos que estão no Líbano pedirem apoio consular.

Ainda não há, por parte do governo brasileiro, uma decisão oficial sobre repatriar cidadãos no país. No entanto, informações de bastidor no Ministério das Relações Exteriores e na Força Aérea Brasileira dão conta de que os órgãos estão de prontidão para atuar assim que o presidente Lula der o aval à operação.

Nos últimos dias, o Ministério das Relações Exteriores passou a enviar orientações aos brasileiros que vivem no Líbano. Entre essas orientações, estão:

  • deixar o Líbano por meios próprios;
  • evitar aglomerações e manifestações;
  • evitar deslocamentos para a região sul do Líbano (onde se concentra a guerra);
  • se estiverem fora do Líbano, evitem retornar até a situação melhorar.
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