Cerca de 10 mil pessoas j? passaram pelo vel?rio do senador Ant?nio Carlos Magalh?es (DEM-BA) em Salvador desde a noite de sexta-feira (21).
Segundo c?lculos da Pol?cia Militar e da Casa Civil da Bahia, 20 pessoas passam por minuto dentro do sal?o principal do Pal?cio da Aclama??o para dar adeus ao senador baiano, que morreu na sexta em S?o Paulo de fal?ncia m?ltipla dos ?rg?os.
A expectativa ? que 15 mil baianos aproveitem o dia para se despedir de ACM. O enterro est? marcado para as 17h no Cemit?rio Campo Santo, mesmo lugar onde foi enterrado em 1998 seu filho, o ent?o deputado Luiz Eduardo Magalh?es.
Al?m de eleitores, que cantam m?sicas em homenagem a ACM, pol?ticos de todo o Brasil, como governadores e parlamentares, j? visitaram o corpo do senador. Espera-se ainda a chegada do vice-presidente da Rep?blica, Jos? Alencar, representando o presidente Luiz In?cio Lula da Silva.
O deputado ACM Neto (DEM-BA) lamentou, muito emocionado, a morte do av?. "O senador foi n?o s? um grande l?der pol?tico, mas um grande av?, um segundo pai", disse. "Se tem uma coisa que ele disse at? o ?ltimo dia de vida foi que amava a Bahia. E essa ? a mensagem que tem que ser passada para toda a sociedade", afirmou.
O vice-presidente das Organiza?es Globo, Jo?o Roberto Marinho, tamb?m compareceu ao vel?rio. "Eu vim para representar a minha fam?lia. ? uma hist?ria de amizade de quase 50 anos. Uma amizade que passou por gera?es. O senador deixa muita saudade e refer?ncias tamb?m", disse.
Aliados e Advers?rios
Dois dos principais aliados de ACM compareceram ao seu vel?rio neste
s?bado: o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o senador Jos? Sarney (PMDB-AP).
Renan n?o esconde que perdeu um grande aliado no Senado. "Eu tinha nele um grande aliado. O senador deixa um espa?o impreench?vel na pol?tica da Bahia. Ele lutou para continuar vivo. ? uma perda muito grande para o Brasil", afirmou o presidente do Senado, envolvido numa crise pol?tica por conta das den?ncias de que recebe ajuda de um lobista para pagar despesas pessoais.
Renan, por?m, n?o quis comentar se a aus?ncia de ACM neste crise pol?tica pode prejudic?-lo. "N?o h? momento ruim. A verdade vai prevalecer", disse. J? Sarney resumiu em uma frase a hist?ria pol?tica de ACM. "Ele era capaz de transformar amigos em inimigos e inimigos em amigos".
Outros aliados do senador baiano j? passaram pelo vel?rio, entre eles os senadores Eduardo Azeredo (PSDB-MG), C?sar Borges (DEM-BA), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Edison Lob?o (DEM-MA), Marco Maciel (DEM-PE), e Wellington Salgado (PMDB-MG). O ex-governador da Bahia Paulo Souto tamb?m participa da despedida a ACM.
Entre os advers?rios de ACM estiveram presentes o governador da Bahia, o petista Jaques Wagner, o prefeito de Salvador, Jo?o Henrique (PDT), o governador de Sergipe, o petista Marcelo Deda, e os deputados Nelson Pellegrino (PT-BA) e Walter Pinheiro (PT-BA). "ACM ? uma figura marcante, sempre pol?mico e que deixou fortes marcas na pol?tica baiana", disse o governador da Bahia.
A primeira autoridade pol?tica a chegar pela manh? foi o presidente da C?mara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). "Vim prestar homenagem em nome da C?mara dos Deputados", afirmou.
Do PT, partido historicamente advers?rio de ACM, Chinaglia minimizou as diverg?ncias. "Ele (ACM) teve uma experi?ncia pol?tica impar, concordando ou n?o com seu pensamento pol?tico. ? o fechamento de um ciclo porque poucos da sua gera??o ainda sobrevivem", disse.