A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (1º), por 18 votos a 9, a indicação do ex-ministro da Justiça André Mendonça para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF).
Agora, caberá ao plenário do Senado decidir se o advogado será, de fato, ministro do Supremo. A votação deve ocorrer ainda nesta quarta e, para ser aprovado, André Mendonça precisa de ao menos 41 votos favoráveis no plenário (maioria absoluta).
Mendonça, que é pastor evangélico, foi indicado ao STF pelo presidente Jair Bolsonaro em julho deste ano, após a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello, e esperou por mais de quatro meses até a avaliação dos senadores.
Nesta quarta, a sabatina teve início às 9h30 e se estendeu por oito horas. Mendonça tratou, entre outros assuntos, sobre religião, acordos de delação premiada e a atuação de quando era ministro de Bolsonaro. O ex-ministro e ex-AGU afirmou:
-que defenderá o 'direito constitucional do casamento civil das pessoas do mesmo sexo'
-que a democracia no Brasil foi conquistada sem 'sangue derramado';
-que delação 'não é elemento de prova' e não se pode 'criminalizar' a política;
-que ataque contra LGTBQIA+ é racismo, com ressalvas à 'liberdade religiosa';
-que 'há espaço' para posse e porte de armas.