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Castro está dividido entre apoio de governadores e do Planalto, mas depende de estrutura

Cláudio Castro une-se a Lula e à direita em estratégia de combate ao crime no Rio. Entenda o 'consórcio da paz' e os desafios da segurança pública.

Governador Claudio Castro | Foto: Reprodução/Agência Brasil
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O governador do Rio, Cláudio Castro, passou os dois últimos dias dividindo sua atenção entre o governo Lula e seus aliados da direita.

Se, na quarta-feira (29), anunciou a criação de um escritório emergencial de combate ao crime organizado ao lado do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, nesta quinta-feira (31) lançou, com seus colegas governadores de direita, o “consórcio da paz”.

Talvez ele saia no lucro, tendo a cooperação do governo federal e contando com o apoio da turma da direita.

Difícil imaginar, porém, ser possível combater efetivamente o crime organizado sem a estrutura do governo federal: Polícia Federal, Receita Federal, Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e Banco Central. Esses são órgãos vitais para tornar o enfrentamento mais eficaz, asfixiando financeiramente a cúpula do crime.

Nesta quinta-feira (30), no Rio, prevaleceu mais a política do que o combate efetivo ao crime. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, foi quem mais verbalizou essa disputa política — é pré-candidato à Presidência da República.

O goiano vislumbra, no tema da segurança pública, a chance de viabilizar sua candidatura diante dos bons números na área em seu Estado. O tom foi de ataque ao governo federal. Com certeza, a população prefere a união dos dois lados.

Tecnicamente, não faz sentido dividir. Subir às comunidades e retomar territórios hoje comandados pelo crime é essencial, mas, sem um trabalho efetivo de minar o poderio financeiro do crime organizado, é como enxugar gelo.

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