A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou nesta terça-feira (13) suas alegações finais no processo sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, ocorridos em 2018 no Rio de Janeiro. No documento, a PGR pediu a condenação de cinco acusados, incluindo os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, apontados como mandantes do crime.
Além dos Brazão, o pedido inclui o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio; o policial militar Ronald Alves Pereira; e o ex-assessor do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Robson Calixto da Fonseca.
Segundo a PGR, a execução de Marielle foi encomendada pelos irmãos Brazão como forma de retaliação à atuação da vereadora e do PSOL contra esquemas de loteamentos ilegais em áreas dominadas por milícias, especialmente na Zona Oeste da capital fluminense.
“Domingos e Chiquinho Brazão devem ser integralmente responsabilizados”, afirmou a Procuradoria, ao defender que os dois deram a ordem direta para as execuções.
Ainda de acordo com o Ministério Público Federal, o PM Ronald Alves Pereira teria atuado como partícipe, enquanto o delegado Rivaldo Barbosa teria fornecido diretrizes para a execução e atuado para assegurar a impunidade dos mandantes e executores.
O caso tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), já que alguns dos envolvidos detêm foro privilegiado.