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Carlos Bolsonaro e o contrato milionário do PL que previa Jair reeleito no 1° turno

Segundo os registros do partido, essa quantia fez do Brasmarket o quinto maior fornecedor remunerado pelo PL em 2024.

Nos corredores do partido, comenta-se que Carlos Bolsonaro teria sido o principal articulador dessa contratação. | Foto: PlatoBR
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O Partido Liberal (PL) contratou, em 2024, os serviços do Brasmarket Análise e Investigação de Mercado, empresa que previu uma vitória de Jair Bolsonaro ainda no primeiro turno das eleições presidenciais de 2022. A legenda declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que desembolsou R$ 1,6 milhão com o instituto ao longo do ano.

CONTRATAÇÃO E INFLUÊNCIA INTERNA

Segundo os registros do partido, essa quantia fez do Brasmarket o quinto maior fornecedor remunerado pelo PL em 2024. Nos corredores do partido, comenta-se que Carlos Bolsonaro teria sido o principal articulador dessa contratação. O instituto tem como proprietários José Carlos Cademartori e Felipe Cademartori.

ERROS NAS PREVISÕES ELEITORAIS

Durante as eleições de 2022, o Brasmarket foi o instituto de pesquisa com o maior índice de erro no primeiro turno, registrando uma discrepância média de 5,39 pontos em suas projeções. Mesmo após a divulgação oficial dos resultados que confirmaram Luiz Inácio Lula da Silva na liderança, com 48,4% dos votos, seguido por Bolsonaro com 43,2%, o instituto continuou divulgando levantamentos que colocavam o ex-presidente à frente na disputa pelo segundo turno.

Na véspera da votação decisiva, os números apresentados pelo Brasmarket apontavam Bolsonaro com 53,6% dos votos válidos e Lula com 46,4%. No entanto, o petista acabou eleito com 50,9%.

VALORES E PAGAMENTOS

Os valores pagos ao instituto foram distribuídos em seis repasses, realizados entre junho e outubro de 2024. Os montantes variaram entre R$ 240 mil e R$ 290,7 mil, conforme a prestação de contas do PL ao TSE.

FALTA DE RESPOSTAS

A equipe da reportagem do Jornal O Estado de Minas procurou o gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara do Rio de Janeiro, assim como o Brasmarket e José Carlos Cademartori, mas não obteve resposta. O espaço segue aberto para manifestações.

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