Candidato, que conseguiu unir PT e PL, aguarda 'bênção' de Lula e rejeita Bolsonaro

Apesar da diversidade da aliança, Duarte deixa claro que seu compromisso é com o presidente Lula, não com Bolsonaro

Montagem mostra Duarte Júnior, Lula e Jair Bolsonaro | Montagem/MeioNews
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Duarte Júnior (PSB) conquistou um feito raro na política brasileira ao unir o PT e o PL em torno de sua candidatura à Prefeitura de São Luís (MA). A aliança, que inclui 12 partidos de diversas orientações políticas, conta com o apoio do governador Carlos Brandão (PSB), sucessor de Flávio Dino, atual ministro do STF. Duarte, que já foi aliado de Dino e teve um papel importante em seu governo, terá como vice o quilombola Creuzamar de Pinho (PT). Apesar da diversidade da aliança, Duarte deixa claro que seu compromisso é com o presidente Lula, não com Bolsonaro.

lealdade a Lula

Em suas declarações, Duarte reafirma sua lealdade a Lula, destacando que teve uma conversa com o presidente e confirmou sua presença em São Luís em setembro. Duarte é categórico ao afirmar que não pretende buscar o apoio de Bolsonaro. “Não é questão de gostar e não gostar, eu quero parcerias que desenvolvam nossa cidade”, enfatiza Duarte, reforçando que sua prioridade é enfrentar os desafios de São Luís, acima das divisões partidárias.

união inusitada

A união inusitada entre o PT e o PL é vista como uma tentativa de resolver problemas comuns enfrentados pela cidade. Duarte afirma que as dificuldades de São Luís são maiores que qualquer diferença ideológica e que o interesse comum motivou essa colaboração. Para ele, o entendimento entre partidos rivais é uma necessidade para enfrentar os desafios urbanos e sociais.

Enquanto isso, Bolsonaro não apoiará o candidato do seu partido em São Luís, o deputado estadual Yglésio Moysés (PRTB). Moysés, que iniciou sua carreira política no PT e agora é bolsonarista, recebeu recentemente apoio do ex-presidente, além de uma medalha de “imbrochável, imorrível, incomível”. A mudança de Yglésio para o bolsonarismo reflete a complexidade do cenário político local e a fragmentação das alianças.

habilidade de Duarte em formar alianças

O cientista político Wagner Cabral, da UFMA, contextualiza a união entre PT e PL, destacando que a política maranhense sempre foi marcada por grandes aglutinações. Cabral lembra que Flávio Dino tentou integrar diversos setores, incluindo a direita e o bolsonarismo, em seu governo. Segundo ele, a habilidade de Duarte em formar alianças amplas remonta a sua trajetória política, onde, apesar de mudanças partidárias, manteve uma relação sólida com o PL e outros grupos políticos.

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