O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), assinou dois despachos que confirmam a demissão de servidores efetivos do Estado e acatou o reexame da exoneração do delegado Eric Márcio Fantin, ex-policial civil. As decisões foram publicadas no Diário Oficial e envolvem três servidores estaduais.
As demissões foram resultado de processos administrativos disciplinares (PADs). No caso de Francis Mauro Pedroso, analista de Desenvolvimento Econômico Social da Secretaria de Segurança Pública (Sesp), o desligamento ocorreu por acúmulo ilegal de cargos ou funções públicas. Já Roger Martins Ferreira da Silva, técnico vinculado à Politec, foi desligado por abandono de cargo.
► CASO ERIC FANTIN: POLÊMICA E PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO
No terceiro despacho, Mendes determinou a reavaliação do caso do delegado Eric Márcio Fantin, cuja demissão foi oficializada em março. O governador encaminhou os autos à Procuradoria-Geral do Estado (PGE), que deverá emitir parecer antes da tomada de uma nova decisão.
“Determinada a remessa dos autos à PGE para análise e manifestação”, diz o despacho assinado por Mauro Mendes.
► ESCÂNDALO SEXUAL E POLÊMICA NAS ELEIÇÕES
A exoneração de Fantin está relacionada a condutas consideradas incompatíveis com o cargo. Ele se envolveu em episódios polêmicos, como o envio de nudes de dentro de uma delegacia em Juara para uma garota de programa. À época, Fantin ainda estava em estágio probatório, com salário mensal de R$ 32 mil, após tomar posse como delegado substituto em novembro de 2021.
Em paralelo à carreira policial, Eric disputou a Prefeitura de Brasnorte (579 km de Cuiabá) nas eleições de 2024, pelo PL. A campanha foi marcada por ataques verbais e embates públicos com o então prefeito e candidato à reeleição, Edelo Ferrari (UB), que venceu com uma vantagem de apenas 155 votos.
► JUSTIÇA NEGOU MANDADO DE SEGURANÇA
Após a demissão, Fantin entrou com mandado de segurança, alegando ser vítima de uma “injustiça” e “perseguição política”. O pedido foi negado pelo juiz Laio Portes Sthel, da Primeira Vara Cível de Juara, mantendo a decisão administrativa da Polícia Civil.